A cerimônia que marcou a apresentação das oito novas escolas que adotaram o modelo de gestão compartilhada reuniu comunidade escolar, gestores, professores e representantes das forças de segurança, nesta quarta-feira (26), no auditório da Academia de Bombeiro Militar. As unidades haviam aprovado a adesão ainda em 2024 e, ao longo deste ano, concluíram todas as etapas de implementação do modelo. Durante o encontro, promovido pela Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF), em parceria com a Secretaria de Educação (SEEDF), estudantes realizaram apresentações culturais e esportivas, simbolizando a integração entre pedagogia e segurança que orienta a política de gestão compartilhada.
As oito unidades educacionais são o Centro de Ensino Fundamental (CEF) 4, no Guará; os CEFs 12, 16 e 17, em Taguatinga; o CEF 103, de Santa Maria; o CEF 427, em Samambaia; o Centro Educacional Myriam Ervilha, em Água Quente; e o Centro de Ensino Médio do Riacho Fundo I. A aprovação do modelo foi realizada com a participação da comunidade escolar. Com elas, o total de escolas que adotam o modelo chega a 25. Neste ano, outras 17 já aprovaram o modelo, que totalizará pelo menos 42 no próximo ano.
Desde 2019, quando foi instituído, o programa tem se consolidado como política pública voltada ao fortalecimento da disciplina, do pertencimento social e da convivência pacífica dentro dos espaços escolares.
Para o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, a gestão compartilhada vai além da organização administrativa e chega como estratégia de prevenção social, sustentada por resultados, acompanhamento profissional e participação direta das famílias.
“A gestão compartilhada não é apenas um modelo organizacional — ela é uma estratégia de prevenção, construída com diálogo, participação e compromisso. Quando uma comunidade escolar decide pela adesão, ela reafirma que acredita no ambiente seguro, estruturado e disciplinado como base para o desenvolvimento dos estudantes. Compartilho com o governador Ibaneis, entusiasta e defensor deste programa, a convicção de que cada escola que adere ao modelo é um passo concreto para um Distrito Federal mais protegido”, declara. “Este evento de hoje mostra o quanto o modelo tem crescido com responsabilidade e resultados visíveis: estudantes mais engajados, ambientes mais organizados e escolas cada vez mais fortalecidas em sua função pedagógica”, completa.
Para o chefe da Assessoria Especial para as Políticas para as Escolas Cívico Militares da Secretaria de Educação, Wagner de Faria Santana, o evento de hoje representa mais um salto na gestão compartilhada do DF. “Reunimos, pela primeira vez, escolas que aderiram ao programa em momentos diferentes e que agora se consolidam com a chegada dos militares. Antes, as posses eram feitas individualmente, e hoje celebramos juntas — com apresentações, projetos, artes marciais, banda musical e a presença de autoridades, o que reforça que estamos no caminho certo. O comportamento das crianças mostrou disciplina, respeito e os valores que defendemos no modelo. Muitas unidades têm solicitado adesão voluntariamente, o que demonstra confiança no programa. Nosso foco é expandir, mas também fortalecer as escolas que já integram a gestão compartilhada, garantindo funcionamento pleno e resultados cada vez mais transformadores para a educação do Distrito Federal”.
O subsecretário das Escolas de Gestão Compartilhada, coronel Alexandre Ferro, reforça que todas as novas adesões só ocorrem mediante decisão da própria comunidade escolar. Segundo ele, o DF tem avançado com responsabilidade e com base na transparência do processo. “O modelo é apresentado em audiência pública, e quem decide pela implementação são aqueles que vivem na escola diariamente. Os resultados positivos e os indicadores já registrados, como no último IDEB, são reflexo dessa confiança social”, disse.
Atualmente, cerca de 28 mil alunos estudam nas escolas de gestão compartilhada. Na maior parte delas, a aprovação foi acima de 80% pela escolha do modelo, que é feita pela comunidade escolar, composta por alunos, pais, professores e servidores.
Com informações da Agência Brasília