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Brasília

Só um susto

Arquivo Geral

16/07/2007 0h00

Para quem espera a final dos Jogos Pan-americanos com Cuba, a seleção brasileira feminina de vôlei teve um teste importante ontem. O time do técnico José Roberto Guimarães passou sustos na recepção, mas bateu de forma convincente a República Dominicana por 3 sets a 0, parciais de 28/26, 25/16 e 25/15.

Vale lembrar que as dominicanas têm forma de jogar semelhante à de Cuba. Por isso, usam muita força no ataque e, principalmente, no saque, algo que incomodou a recepção brasileira. O Brasil volta a jogar hoje e tem tudo para conquistar mais um resultado positivo: enfrenta o México, rival sem nenhuma tradição na modalidade.

Mesmo sem a ansiedade da estréia, a seleção brasileira encontrou na República Dominicana um adversário ousado. Logo no início do primeiro set, as visitantes forçaram bastante o saque e abriram uma boa vantagem: 5 x 2, obrigando José Roberto Guimarães a brecar o jogo.

Depois da bronca, as brasileiras melhoraram o ritmo. Contudo, a partida seguiu equilibrada. No segundo tempo técnico, depois de um bloqueio de Fofão, o placar apontava dois pontos de vantagem para as donas da casa.

No final da parcial, o saque dominicano voltou a fazer estragos e obrigou o treinador brasileiro a pedir mais um tempo. Cindy Rondon era o destaque neste fundamento.

Na base da garra, o atual vice-campeão mundial deu o troco com dois bloqueios seguidos. Um erro de Anneys Vargas finalmente fechou o set em favor do Brasil: 28 x 26.

Mesmo com a vitória inicial do Brasil, a partida seguiu equilibrada no segundo set. No segundo tempo técnico, após ataque de meio de Fabiana, o Brasil já tinha seis pontos de vantagem. Mas, de uma hora para outra, a República Dominicana voltou a encaixar seu poderoso saque e reduziu a diferença: 18 x 16.

Porém, a reação das visitantes parou por aí. Com sete pontos seguidos na passagem de Fabiana pelo saque, o Brasil garantiu a vitória na segunda parcial por 25 a 16, em 22 minutos de disputa.

No terceiro set, a defesa brasileira começou a aparecer e proporcionou contra-ataques. Sem resistência do adversário, a trupe verde-amarela definiu sua vitória com o marcador de 25 x 15.

Juliana/Larissa estréia

Quatro anos depois de seu primeiro Pan, em que foi tratada como suplente e teve seu resultado menosprezado, Larissa não tem medo de assumir o favoritismo de sua dupla com Juliana no vôlei de praia.

Em Santo Domingo-2003, a jogadora atuou ao lado da veterana Ana Richa, pois Juliana estava lesionada, e levou a medalha de bronze. A ausência de um ouro certo causou a ira do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), já que a dupla foi ao Pan porque Adriana Behar e Shelda, melhor duo do Brasil à época, preferiram o Circuito Mundial.

“Palavras são vazias”, disse Juliana, ao lembrar da discussão entre Carlos Arthur Nuzman, do COB, e a Confederação Brasileira de Vôlei. “Minha carreira e meus títulos são a melhor resposta. Hoje sei que estou na melhor dupla do Brasil”, afirmou ela, que mostra o foco. “Pretendo fazer valer o favoritismo dentro da quadra.”

Empenho não faltou ontem. Mesmo após enfrentar 16h de avião de Berlim (onde a dupla terminou em segundo lugar na etapa do Mundial) ao Rio, com escala em Paris e chegada às 5h30 de ontem, a capixaba mostrava muita empolgação no treino de reconhecimento da arena de Copacabana. Praticaram durante uma hora e meia.

Hoje, às 10h, elas enfrentam as norte-americanas Brooke Hanson e Angie Ankers. Na sequência, amanhã, encaram a dupla porto-riquenha Negrón/Yantín e, na quarta-feira, a dupla salvadorenha Molina/Soler.

No masculino, a dupla campeã olímpica Ricardo/Emanuel vai estrear amanhã contra o par colombiano Uribe/Barbosa.

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