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Brasília

Sinpro discute volta às aulas com secretário de Educação

A reunião da diretoria do sindicato com Leandro Cruz será no dia 1º de fevereiro

Catarina Lima

26/01/2021 21h21

A direção do Sindicato dos professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) se reunirá na próxima segunda-feira,1º de fevereiro, às 15 horas, com o secretário de Educação, Leandro Cruz, para tratar da volta às aulas presenciais na rede pública de ensino, prevista para o dia 8 de março. Os diretores do Sinpro, Rosilene Corrêa e Samuel Fernandes, adiantaram que é necessário estender a vacinação contra o coronavírus, anunciada para os professores pelo governador Ibaneis Rocha, aos trabalhadores das escolas, como pessoal de limpeza, merendeiras e profissionais da segurança.

“Nós entendemos que as escolas só estarão realmente seguras quando todos forem vacinados”, disse Rosilene.

Na reunião da próxima segunda, além da questão da vacina, os diretores do Sinpro discutirão a questão sanitária das escolas para o retorno das aulas presenciais. “O governo precisa garantir as condições necessárias, porque as crianças não serão vacinadas”, disse Samuel, lembrando que os alunos podem ser vetores do coronavírus.

Os professores querem que sejam definidas questões como: a quantidade de alunos em cada sala de aula; e a utilização dos bebedouros coletivos e das cantinas. “Não vai dar para que as salas tenham o mesmo número de alunos que antes. Então como ficará? Haverá aulas presenciais e pela plataforma? Essas são questões que precisam ser respondidas”, argumentou Samuel Fernandes.

Para que todos os 23 mil professores em atividade em salas de aula na rede pública sejam vacinados, serão necessárias 46 mil doses de vacinas, contando a com primeira e a segunda doses. No ensino particular são 12 mil professores apenas na educação fundamental e três mil no ensino médio.

Os dois sindicalistas acham difícil que os alunos, em especial os mais novos, consigam manter o distanciamento necessário para evitar contaminação. “Também tem a questão do tempo que a vacina leva para que uma pessoa esteja imunizada. Não é simplesmente tomar a vacina e pronto, está imunizado, não é assim”, advertiu Fernandes.

“Se os adultos têm dificuldade para ficar distantes uns dos outros, para as crianças então é muito mais difícil”, previu Rosilene.

Embora o GDF planeja a volta presencial das aulas no dia 08 de março, a secretaria de Educação do Distrito Federal informou no início de janeiro ao Jornal de Brasília que acompanhará os números da pandemia ao longo dos meses de janeiro e fevereiro para avaliar a necessidade da continuidade das aulas remotas ou do retorno presencial.

Escolas particulares

 Quanto às escolas particulares, 20% delas iniciaram o ano letivo ontem. A previsão dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do DF é de que 60% dos alunos retomem as aulas presenciais neste ano. O uso de máscaras de proteção continua sendo obrigatório. A orientação também é da higienização com álcool em gel e lavagem das mãos.

Ainda em 2020, cerca de 35% dos estudantes das escolas particulares voltaram às salas de aula de forma presencial. E neste ano, segundo o Sindicato, a procura tem sido de 50% a 60%. No entanto, os professores das escolas particulares, segundo o sindicato da categoria, o Sinproep-DF, estão apreensivos com o retorno presencial, antes de serem imunizados.

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