O Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) deverá entrar com uma ação na corregedoria da Polícia Civil contra a atuação de policiais civis da 16ª Delegacia de Polícia (Planaltina) que mantiveram uma orientadora educacional presa por várias horas, na última quinta-feira (15). O caso ocorreu no Centro de Ensino Fundamental 04 de Planaltina.
A orientadora, Adriana Teodoro Barreto, de 29 anos, foi presa após tentar impedir o procedimento dos agentes que queriam obter informações sobre o paradeiro de uma aluna, que estava desaparecida desde quarta-feira (14), e exigido a retirada de outra estudante, amiga da desaparecida, de sala de aula para que fosse entrevistada. “Eu não pude permitir que ela fosse interrogada pelos policiais, já que ela estava sem o representante legal” diz Adriana. Depois disso, a orientadora afirma ter sido ofendida na frente de alunos e colegas de trabalho. “No meio do corredor, após gritarem comigo diversas vezes, eu pedi para que abaixassem o tom de voz.” conta. “Foi quando me chamaram de ‘mera orientadora’, perguntaram quem eu achava que era e me deram voz de prisão” diz Adriana.
Ainda de acordo com orientadora, após chegar na 16ª Delegacia de Polícia (responsável pela região), ela foi levada para uma sala onde ficou de 13h30 até 18h. “Só fui liberada após a chegada dos meus colegas de trabalho. Fiquei fragilizada ao ser tratada como bandida” diz. A família da menina que estava desaparecida teria informado à Adriana que ela já havia sido encontrada. “Ela teria ido para a casa de amigas após o término da aula de quarta” conclui.
O Sinpro-DF irá entrar com uma ação por acreditar que o professor deve ser respeitado em seu local de trabalho e ter seus direitos garantidos. A polícia informou que como a ação ainda não foi formalizada, não irá se pronunciar.
