Nem só as obras para a construção do Estádio de Remo do Rio de Janeiro mereceram esforços para que o local pudesse sediar as competições de remo, canoagem e esqui aquático nos Jogos Pan-Americanos. A poluição da Lagoa Rodrigo de Freitas também foi outro ponto que mereceu investimentos das autoridades.
“Fizemos um trabalho na recuperação da Lagoa Rodrigo de Freitas e investimos 12 milhões de reais na dragagem. Há quanto tempo que vocês não sentem aquele cheiro na Lagoa? É um trabalho que continuará e, desde fevereiro, o local está sob a administração da prefeitura, a pedido do próprio César Maia (prefeito do Rio de Janeiro)”, comentou o governador Sérgio Cabral.
Nos bastidores, no entanto, alguns remadores que preferiram não se identificar, reclamaram que algumas raias podem sem atrapalhadas por sujeiras ou plantas que se soltam das margens da Lagoa Rodrigo de Freitas. O secretário estadual de Esporte, Turismo e Lazer, Eduardo Paes, se mostrou surpreso ao ser informado sobre a insatisfação de alguns atletas. “Não estou sabendo de nada disso. Mas vou apurar e, se for o caso, comunicar à Confederação para que a gente tome as providências necessárias”, prometeu Paes.
Se o problema dos atletas pode ser a sujeira na Lagoa Rodrigo de Freitas, os torcedores podem ter dificuldades para chegar ao Estádio de Remo, localizado em uma área onde tradicionalmente ocorrem muitos problemas de trânsito. Sem estações de metrô ou trem por perto, as autoridades esperam que o deslocamento do público não cause transtornos ao local.
“É uma questão para a Secretaria de Transportes organizar e tenho certeza que tudo está sendo feito para que não tenhamos problemas”, afirmou o secretário-geral do Co-Rio, Carlos Roberto Osório.
Na manhã desta sexta-feira, durante a inauguração do Estádio, mesmo com um esquema de trânsito montado no local, algumas retenções atrapalhavam a circulação de carros nas proximidades da sede.