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Brasília

Seminário da Educação debate enfrentamento ao capacitismo nas escolas

Evento marca semana de conscientização sobre os direitos das pessoas com deficiência e reforça compromisso da rede pública com a educação inclusiva

Redação Jornal de Brasília

23/09/2025 18h36

Foto: Mary Leal/SEEDF

Foto: Mary Leal/SEEDF

O auditório da Unidade-Escola de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (Eape) recebeu, nesta terça-feira (23), o seminário “Enfrentando o capacitismo no cotidiano escolar: desconstruindo barreiras, construindo inclusão”. O encontro reuniu professores, orientadores, educadores sociais, monitores e demais interessados, com o objetivo de fomentar o diálogo sobre o significado do capacitismo e conscientizar profissionais sobre a importância da inclusão nas escolas.

Durante a abertura, a secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, destacou que a rede pública local se tornou referência na promoção da educação inclusiva.

“A nossa base é a educação inclusiva. O trabalho diário de nossas escolas comprova que é possível superar barreiras e avançar no reconhecimento da diversidade. Queremos garantir que cada estudante seja reconhecido em sua singularidade e tenha acesso a uma escola acolhedora e acessível”, afirmou.

Formação continuada e conscientização

A diretora da Eape, Linair Moura, ressaltou que esta foi a segunda edição do seminário e que o evento ocorreu em uma semana simbólica: no último domingo (21) foi celebrado o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência e, na próxima sexta-feira (26), será comemorado o Dia Nacional do Surdo.

“Essa é uma ação muito especial porque temos o protagonismo das pessoas com deficiência, o que nos leva a outras dimensões de vivência e significado que ajudam a construir competências”, destacou.

Linair também chamou a atenção para o número de servidores com deficiência na Secretaria de Educação. Apenas no primeiro semestre, 249 profissionais solicitaram recursos de acessibilidade durante percursos de formação.

“Isso mostra o quanto precisamos aprofundar discussões sobre capacitismo. Ele pode ser combatido com informação e formação, e este seminário é uma ferramenta poderosa para destruir barreiras e fortalecer a inclusão”, concluiu.

A subsecretária de Educação Básica, Iêdes Braga, reforçou que a inclusão deve estar presente em todas as etapas do ensino público.

“Enfrentar o capacitismo significa olhar para cada estudante como sujeito único, garantindo as condições necessárias para sua plena participação acadêmica e autonomia”, afirmou.

Já a subsecretária de Educação Inclusiva e Integral, Vera Lúcia Barros, defendeu que a valorização dos talentos das pessoas com deficiência deve caminhar junto ao enfrentamento do preconceito.

“O capacitismo reduz possibilidades, enquanto a acessibilidade garante a verdadeira inclusão. Precisamos reconhecer e incentivar as capacidades de nossos estudantes”, destacou.

Lançamentos e atrações

O evento marcou o lançamento da cartilha “Abordagem nutricional no Transtorno do Espectro Autista: da Teoria à Prática”, produzida pela Subsecretaria de Alimentação Escolar (Suape), e do vídeo formativo “Capacitismo sob a Ótica da Pessoa com Deficiência – 2025”, desenvolvido com a participação voluntária de servidores com deficiência da SEEDF, que compartilharam suas experiências e perspectivas.

Também foram expostas obras de arte e trabalhos pedagógicos produzidos por pessoas com deficiência e com altas habilidades/superdotação. Entre os destaques, estavam os trabalhos do artista Onildo Alves, do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), além de produções de instituições parceiras, como Labcrie, APAE, Pestalozzi, Instituto Visão e a Sala de Recursos de Altas Habilidades do CEM Elefante Branco.

Inclusão na prática

O caráter inclusivo do seminário ficou evidente: entre os inscritos, 50 participantes eram pessoas com deficiência. O evento contou com intérpretes de Libras, espaços de exposição no hall e corredores da Eape, além de uma Sala de Acomodação Sensorial, equipada com colchonetes para garantir conforto a quem precisasse de pausas durante as atividades.

Com ações voltadas para a conscientização e formação continuada, o seminário reforça o papel da educação como instrumento essencial para o combate ao capacitismo e para a construção de uma sociedade mais justa e acessível.

Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)

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