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Brasília

Secretário planeja metas para 2020

Com a redução do número de homicídios em 2019, Anderson Torres vai priorizar combate ao feminicídio

Redação Jornal de Brasília

15/01/2020 5h00

Atualizada 14/01/2020 23h23

Embalado pelos bons resultados do Balanço Criminal da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, divulgados no início da semana, o secretário da pasta, Anderson Torres, já traça metas para 2020 e adianta que o trabalho não será fácil.

“Os números do DF, quando comparados com o restante do Brasil, são muito bons. E baixar números que são muito bons é um desafio muito grande. A nossa expectativa é continuar baixando é continuar trabalhando muito, sempre com o pé no chão, sempre com muita responsabilidade, mas sempre visando trazer um dia a dia melhor para os cidadãos do Distrito Federal”, pontuou.

Além disso, outra frente da pasta que será prioridade é o combate ao feminicídio. Ano passado, o número de vítimas desse crime aumentou cerca de 17,9% em comparação a 2018, de 28 para 33 casos. “Se tem uma coisa que eu considero como meta, não só para a segurança do Distrito Federal, mas também nacional e a própria sociedade brasileira, é a conscientização para a violência contra a mulher. Esse é um dos grandes desafios que eu vejo nos próximos anos e vejo em nível nacional, a questão do machismo e do sentimento de posse que é o que gera normalmente a violência e que pode acabar no feminicídio”, afirmou o secretário.

Para ele conscientizar a população sobre o papel no combate a este tipo de violência é fundamental. “A conscientização da população em trazer essas informações para a segurança pública para que a gente possa agir previamente. Eu acho que é o grande desafio da Segurança Pública para que a gente possa prevenir o crime em especial o crime de feminicídio.

Para o secretário os dados são positivos para a Secretaria. “Eu acho que nosso objetivo é tranquilizar cada vez mais a vida dos cidadãos do Distrito Federal com mais paz e tranquilidade na cidade. Então a diminuição dos crimes violentos contra a vida e contra o patrimônio, trazem uma segurança para a população e isso eu posso considerar as duas maiores vitórias da secretaria no ano de 2019”, afirmou.


No balanço referente a todo o ano de 2019 foi apontada uma diminuição em 10 das 13 categorias criminais listadas, entre elas homicídios (excluído somente o feminicídio) e crimes de roubos. O levantamento mostra ainda que, no ano passado, foram registrados 13 homicídios por 100 mil habitantes, índice mais baixo no DF desde 1985, quando o resultado foi 13,9/100 mil. Para o Secretário de Segurança, no entanto, ainda há o que melhorar em 2020.

Tentativas de crime caem

“O ano de 2019 foi um ano bom para a segurança pública. A gente conseguiu superar tudo aquilo que a gente programou por exemplo a redução dos homicídios no Distrito Federal. Nós tínhamos programado uma redução de 4% e fechamos o ano com números absolutos de 11,4% e para nós isso foi uma vitória muito grande. Representa 44 vidas salvas no ano de 2019 e para nós é muito importante isso, diminuir os números, trazer uma tranquilidade maior para a sociedade em especial os homicídios que levam embora o nosso bem mais precioso que é a vida. É a nossa prioridade número um aqui”, disse Anderson Torres, secretário da pasta, em entrevista ao Jornal de Brasília.

Foram registrados 415 homicídios ao longo de 2019, enquanto em 2018 foram 459, 44 a menos. Já os latrocínios – roubo seguido de morte – foram 24 em 2019, contra 33 em 2018. Na lista dos crimes que diminuíram também há os números de lesão corporal seguida de morte foram 4 contra 8, em 2018. Ao todo, considerando todos esses casos foram registradas 443 mortes em contrapartida a 500 em 2018.

Todos os crimes contra o patrimônio também apresentaram redução. Foram registrados 3.840 roubos a transeunte a menos em 2018. 556 a menos em roubos de veículos, 49 a menos nos roubos em transportes coletivos, 413 a menos em roubos no comércio, 103 a menos em residências e 1.281 a menos em furtos dentro de veículos.

No entanto, houve um aumento no número de tentativas de homicídio (de 852, em 2018, para 890, em 2019), tentativa de latrocínio (195 para 204) e furto a transeunte (3.215 para 3.334). Anderson ressaltou que o aumento no número de tentativas mostra que o tempo de resposta ao crime tem sido rápida. “Essa relação tentativa [de homicídio] e homicídio eu vejo como uma eficácia da secretaria e uns dos fatores que ajudaram nessa redução é o atendimento é rápido do corpo de bombeiros, em razão de um atendimento mais eficaz da saúde do DF. As equipes [do Corpo de Bombeiros] previamente distribuídas naqueles locais de maior violência fazem com que seja um atendimento mais rápido e especializado, o que a gente chama de tempo resposta.”

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