O ministro chefe da Casa Civil, Rui Costa, foi à Câmara Legislativa, nesta quarta-feira (1), para falar sobre o Novo PAC — Programa de Aceleração do Crescimento — para o Distrito Federal. O chefe da pasta federal, apresentou valores de repasse para o Distrito Federal e os futuros investimentos na capital do país.
Segundo Rui Costa, o total em investimentos do PAC no Distrito Federal será de R$ 6,4 bilhões. Até abril deste ano foram executados R$ 2,3 bilhões e outros R$ 4,3 bilhões serão concluídos até 2026.
“Estamos falando de algo da ordem de R$ 6,4 bilhões exclusivamente dentro do limite territorial do DF. O valor total [no país] é de R$ 14 bilhões”, detalhou Rui Costa.
Apenas em 2025, são 98 empreendimentos, especialmente do Minha Casa Minha Vida, que atingirão 14,3 mil pessoas na capital do país. No DF, estamos falando de 14 mil unidades habitacionais. O presidente Lula colocou uma meta de 2 milhões de unidades no mandato, e devemos alcançar próximo a 3 milhões contratadas até dezembro de 2026.”
A maior parte dos investimentos estão em mobilidade sustentável, com 3,3 milhões, seguido pelo programa habitacional com R$ 1,3 milhões. “O maior volume está em mobilidade urbana, com R$ 3,2 bilhões, seguido por Minha Casa Minha Vida, com R$ 1,3 bilhão, e esgotamento sanitário, com R$ 294 milhões”, completou.
De acordo com o ministro, a maior agilidade da execução de obras se dá pela redução do número de exigências para as empresas participarem de licitações. Entretanto, a obrigatoriedade de cumprimento de prazos aumentou, para que não haja atraso nas entregas de obras.
Foram apresentadas obras em praticamente todas as regiões administrativas do Distrito Federal, entre escolas, creches, rodovias, entre outras.
Destinação de recursos
Foram mostrados dados de repasse ao longo dos anos de governo Lula, entre 2023 e 2025. Ao todo o DF recebeu entre 2023 e 2024 R$ 49,7 bilhões, Rui Costa apontou ainda um investimento de R$ 616 milhões em recursos do BNDES e outros R$ 788 milhões do Fundo de Financiamento do Centro-Oeste.
O ministro apresentou ainda os repasses de benefícios sociais para a população do Distritio Federal, com aumento de 75%, em 2023 e 2024. Com os valores o número de pessoas que recebem benefícios caio para 175,4 mil famílias, enquanto os empregos com carteira assinada ultrapassaram a marca de 1 milhão em 2024.
Atualmente, o Mais Médicos no Distrito Federal tem 169 profissionais, a quase totalidade de brasileiros, segundo o ministro, formados por bolsas de estudos do governo federal. “Olhando do ponto de vista histórico, isso mostra o acerto que foi a política de educação do presidente Lula”, afirma Rui Costa, lembrando da abertura de universidades do governo.
Ato político
Convocada pelos deputados do PT Chico Vigilante, Ricardo Vale e Gabriel Magno, o evento contou com a participação da militância de vários partidos de esquerda, como PDT, PV, PSB e PSol.
“A estada do ministro aqui é fundamental para mostrar o que tem feito o presidente Lula pelo Distrito Federal e todo o governo tem feito por Brasília. Essa é uma demonstração efetiva de que o Lula está preocupado com Brasília que cuidar de Brasília, mesmo que tem alguém que não queira que ele cuide”, afirmou o decano Chico Vigilante.
O ministro falou sobre sua participação na sessão da Câmara Legislativa. “Apresentamos o detalhamento do impacto do crescimento da economia, o crescimento da transferência de renda do governo federal e transferência de recurso para o Distrito Federal e para mostramos o quanto é esse crescimento que impacta na atividade econômica impacta na geração de empregos e na qualidade de vida das pessoas”, afirmou Rui Costa.
Durante as falas, por várias vezes os participantes foram interrompidos por aplausos e gritos favoráveis ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contra o governador Ibaneis Rocha.
Diretamente, apenas o deputado Ricardo Vale direcionou críticas ao governador Ibaneis: “Com esse tanto de recurso que o ministro mostrou eu não entendo porque o governador reclama tanto. Isso só mostra como o governo do presidente Lula gosta de Brasília”.
Entre os presente estiveram os deputados federais Reginaldo Veras (PV), Érika Kokay (PT), a senadora Leila Barros (PDT), entre outros representantes políticos e do setor produtivo.
A senadora, inclusive, “desabafou” contra a falta de reuniões entre os parlamentares do Congresso Nacional. “O governador fez duas reuniões com a bancada do DF. Na verdade uma e meia, porque uma foi rápida. O resto das reuniões foi com assessor”.
Apenas dois parlamentares da base do governo local compareceram, rapidamente, a sessão: o líder do governo Hermeto (MDB) e Thiago Manzoni (PL).