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Brasília

Ringue infernal

Arquivo Geral

25/07/2007 0h00


O boxe brasileiro já assegurou participação em duas finais nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, com Éverton Lopes e Pedro Lima, e igualou seu melhor resultado desde 1963, em São Paulo, quando o País disputou oito finais e conseguiu suas três últimas medalhas de ouro. De lá para cá, apenas em 1999, em Winnipeg, houve dois atletas tupiniquins em finais, com o meio-médio-ligeiro Kelson Carlos e o meio-pesado Laudelino Barros.

Éverton Lopes, peso leve, comemorou muito sua vitória sobre o porto-riquenho, Jose Pedraza Gonzáles, por 7 x 2, e vai enfrentar na decisão, amanhã, o cubano Yordenis Ugas. “Já lutamos no ano passado em Havana e perdi por três pontos de diferença apenas. Ganhei os dois primeiros rounds, mas perdi os dois últimos. Acho que tenho condições de vencê-lo aqui no Brasil”, apostou Éverton. Ele desdenhou das reclamações de seu oponente na luta, que não aceitou o resultado. “Eu só sei que fiz o meu trabalho em cima do ringue, se ele não aceitou a derrota não posso fazer nada”, comentou Éverton.

O Brasil também lutará pelo ouro na categoria meio-médio, com Pedro Lima, que bateu facilmente o jamaicano, Ricardo Smith, por 12 x 4. Lima dominou do começo ao fim da luta e o árbitro chegou a abrir contagem duas vezes, no terceiro round. Ele agora vai encarar o norte-americano Demetrius Andrade, que arrasou o argentino Diego Chavez, por 22 x 0.

“Agora vou lutar com o coração, com o coração dos de todos os brasileiros que estão nos acompanhando. Já perdi uma decisão por um ponto apenas, contra o cubano Erislandy Lara (que desertou no Rio) e sei que posso vencer agora nessa final”, comentou o boxeador baiano, nascido em Riachão de Jacuípe (BA).

O único boxeador brasileiro a se dar mal na rodada de ontem foi o peso galo maranhense, James Dean Pereira, que perdeu para o mexicano Carlos Cuadras, por 20 x 15. Mesmo assim, ele faturou a medalha de bronze. Dean sempre esteve atrás na pontuação, parecia cansado e por isso não encontrou seu adversário no ringue, bem mais forte que ele. O mexicano fez uma luta a menos que o brasileiro por ter ganho por W.O. de Guillermo Rigondeaux, outro atleta desertor da delegação cubana. “Agradeço o incentivo que a Confederação Brasileira de Boxe deu aos atletas. Com o bronze, sei que entrei para a história dos Jogos Pan-Americanos”, afirmou. James Dean também foi bronze nos Jogos de Santo Domingo, em 2003. “Para mim, que comecei a lutar aos 15 anos, o boxe já ficou marcado.”

Mais cinco
Hoje, outros cinco brasileiros disputam uma vaga na decisão – se perderem, ficam com a medalha de bronze. O super-pesado Antonio Nogueira enfrenta o cubano Robert Alfonso; o meio-médio-ligeiro Myke Carvalho pega o norte-americano Karl Dargan; o médio Glaucélio Abreu duela com o dominicano Argenis Nuñez; o pesado Rafael Lima luta com o cubano Osmay Acosta; e o pena Davi Souza desafia o porto-riquenho Abner Cotto.





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