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Brasília

Resultado no ciclismo confirma triste realidade brasileira

Arquivo Geral

20/07/2007 0h00

A expectativa era nula e não se mostrou irreal. Com uma equipe improvisada e sem tradição na modalidade, o Brasil entrou para a disputa do ciclismo de pista dos Jogos Pan-americanos sem acalentar a esperança de pódio e terminou exatamente assim: sem nenhuma medalha.

Entretanto, o técnico Adir Romeu sai do Rio de Janeiro com a esperança de que dias melhores podem vir para a modalidade, inclusive pela construição do Velódromo da Barra. “Temos este velódromo que é de estrutura fantástica, temos um em Americana-SP e um em Curitiba. Além disso tem um que está quase ficando pronto em Maringá e, dentro de 30 dias, deve começar a construção de um em Brasília. Se conseguirmos pegar dez ciclistas em cada um deles, já são 50 ciclistas. E dentro de cem se você tira um, já dá para começar a revelar mais talentos”, avaliou otimista.

O treinador, no entanto, espera que o velódromo do Rio de Janeiro não fique abandonado depois dos Jogos Pan-Americanos. “Isto aqui precisa continuar funcionando. Já estou tentando trazer o Campeonato Brasileiro, que acontece em novembro, para cá. Mas é preciso que eles deixem as vaidades na gaveta, pediu Adir, que espera por um entendimento entre a prefeitura do Rio, a Confederação Brasileira de Ciclismo e o Ministério dos Esportes sobre o futuro do velódromo do Rio.

Caso os governantes e dirigentes esportivos continuem investindo no ciclismo de pista, o técnico aposta que os brasileiros possam sonhar mais alto no próximo Pan. “Com certeza, se continuarem investindo, estaremos beliscando uma medalha nos próximos Jogos, já que serão quatro anos de preparação. O ideal são dez anos, mas com quatro já dá para começar a brigar por medalha”, garantiu.

Enquanto isso, os ciclistas brasileiros esperam que os investimentos na modalidade não diminuam depois do fraco desempenho e da falta de medalhas no Rio de Janeiro. “Claro que quanto mais medalhas você conquista, mais se arrecada. Mas se não houver um investimento, não vai haver desenvolvimento do esporte nunca”, afirmou Rodrigo Silva, o Morcegão. 

Um dos veteranos da categoria, Hernandes Quadri Júnior se mostra mais cético quando fala do processo de renovação do ciclismo de pista no Brasil. Isso porque, até pela exigência de menos equipamentos (e, consequentemente, menor custo), os ciclistas nacionais preferem se dedicar às provas de estrada. “É difícil um trabalho de renovação no ciclismo de pista, porque não temos muito apoio, não é um esporte tão divulgado aqui no Brasil como é o futebol”, lamenta Hernandes.

Para tornar mais popular a modalidade como também deseja Hernandes Quadri, Morcegão tem uma alternativa. “O ideal é que se criassem escolinhas, para que as crianças possam começar a praticar, como também já fazem em escolinhas de futebol, natação, vôlei. É nesta idade que eles começam a mostrar sua aptidão”, opinou o ciclista.

Confira os resultados dos brasileiros:

Por pontos (F)
7 – Janildes Fernandes (BRA) – Desclassificada após uma queda

Keirin (M)
4 – Davi Romeo (BRA)

Madison (M)
6 – Brasil

Velocidade por equipes (M)
5 – Brasil

4.000m perseguição por equipes (M)
6 – Brasil – 4min28s665

3.000 m perseguição individual (F)
7 – Camila Rodrigues (BRA) – 4min02s976

4.000 m perseguição individual (M)
8 – Alex Arseno (BRA) – 5min02s631

Velocidade – 200m (M)
13 – Marcos Alcantara (BRA) – 11s456
14 – Fernando Firmino (BRA) – 11s632




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