Por Larissa Barros
Exames realizados pelo Laboratório Richet, da Rede D’Or, confirmaram a presença de metanol no sangue do rapper Hungria. O resultado, liberado na segunda-feira (6/10), apontou concentração de 0,54 mg/dL, índice acima do limite de referência, que é de até 0,25 mg/dL. O artista foi internado no hospital DF Star no dia 2 de outubro e recebeu alta no último domingo (5/10).
Segundo a assessoria do artista, Hungria recebeu tratamento conforme protocolo médico para intoxicação por metanol, que incluiu o uso de antídoto e hemodiálise precoce, medidas consideradas fundamentais para a boa evolução do quadro clínico. “Atualmente, Hungria está em boa recuperação e retomando sua agenda de shows, permanecendo em acompanhamento médico sob os cuidados do Dr. Leandro Machado”, informou a equipe do cantor em nota.
Apesar da confirmação da presença da substância no organismo, exames periciais realizados pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na segunda-feira (6/10) descartaram a existência de metanol nas garrafas de bebidas adquiridas pelo artista na última quarta-feira (1/10). O subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos, também havia informado, inicialmente, que os testes laboratoriais não haviam detectado o produto no sangue do cantor.
Ao Jornal de Brasília, a Secretaria de Saúde (SES-DF) informou que não recebeu, até o momento, qualquer resultado oficial de exame que comprove a presença de intoxicação por metanol no sangue do cantor Hungria.
Os sintomas relatados por Hungria, entre eles dor de cabeça, náuseas, vômitos, visão turva e acidose metabólica, levantaram a suspeita de intoxicação, o que levou à realização de uma série de exames para confirmar a origem do problema. As garrafas apreendidas, compradas em uma distribuidora de Vicente Pires na madrugada da última quarta-feira (1/10), apresentaram indícios de falsificação, mas sem a presença de substâncias tóxicas.
A principal suspeita agora é de que as bebidas contaminadas tenham sido consumidas pelo artista durante um show realizado em São Bernardo do Campo (SP), no dia 28 de setembro. A casa de shows onde ocorreu a apresentação foi interditada pela Vigilância Sanitária após a identificação de possíveis irregularidades no armazenamento e na comercialização das bebidas.