Menu
Brasília

Pugilistas brasileiros abrem a briga por medalhas no Pan

Arquivo Geral

13/07/2007 0h00

O paulista Márcio Wenceslau (até 58kg) está apostando todas as suas fichas nos Jogos Pan-americanos do Rio. Neste sábado, ele e Valdirene Gonçalves (até 49kg) abrem a briga brasileira por uma medalha no torneio de taekwondo. As disputas têm início às 10 horas, no pavilhão 4A do Riocentro.

”Estou apostando tudo nestes Jogos”, confessa o lutador, que chegou a vender o carro para bancar sua preparação pan-americana. “Vendi porque a programação incluía disputar o Circuito Europeu, mas a verba (da Confederação) não dava. O Diogo também fez isso, mas não dá para seguir assim. Não adianta ficar vendendo carro, daqui a pouco tenho de vender minha casa”.

Seu projeto no Rio é simples: chegar ao pódio. “Conseguindo medalha, no mínimo, arrumo um patrocinador”.

Praticante da modalidade há 17 anos, ele se manteve nos últimos tempos com os recursos do programa Bolsa Atleta do Governo Federal. Pertencente à categoria olímpica, Wenceslau recebe R$ 2.500,00 mensais e gasta 80% deles com seu treinamento. Mas mesmo este recurso está com os dias contados. “A partir do mês que vem eu não recebo mais”.

A falta de apoio na modalidade é uma realidade com a qual não se conforma. “A única coisa que me revolta é que disputamos oito medalhas, enquanto outros, apenas uma. Qualquer patrocinador teria menos gasto conosco que nos esportes coletivos”.

Problemas deixados de lado, ele se concentra nos adversários do torneio que, sabe, serão duríssimos. A lista inclui o mexicano Oscar Francisco Salazar Blanco, vice-campeão olímpico, e o atual campeão pan-americano Tim Thackrey.

“Vai ser difícil (conquistar uma medalha), mas não impossível”, ressalta. “Já sei mais ou menos o que tenho de fazer porque contra quem não lutei, meu irmão (o também atleta de taekwondo Marcel) lutou”.

A confiança de Marcio não se resume a sua próxima capacidade. “Com certeza vamos disputar medalhas em todas as categorias”, diz, empolgado pela evolução da modalidade e elogiando o comando da Confederação. “Vivemos uma nova era no taekwondo, visando mais os atletas e esquecendo outros interesses. Depois que a nova administração entrou conseguimos a classificação olímpica e bons resultados no Mundial”.

Ouro no Pan-americano da modalidade em 2006, Marcio foi vice-campeão mundial da categoria em 2005. Ele não é a única estrela do grupo, que conta também com a campeã mundial Natália Falavigna, quarta colocada nos Jogos Olímpicos de Atenas-2004, e com Diogo Silva, também quarto na Grécia.

Para o técnico Mauro Fujiyama, o país não encerra a competição sem conquistar medalhas. “Todos podem lutar pelo pódio”, assegura. “Podemos conquistar pelo menos dois ouros”.




    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado