O Brasil tem reais chances de conquistar duas medalhas de ouro no atletismo hoje. A primeira é com o brasiliense Hudson de Souza nos 1.500m, às 17h10. A segunda vem em um duelo particular entre duas tupiniquins. Na prova de salto em distância, Maurren Magi e Keila Costa voam na tentativa de alcançar o lugar mais alto do pódio, às 17h40, no Estádio João Havelange. A expectativa é de uma dobradinha para o País. Outra brazuca que faz final esta tarde é a brasileira Lucimar Teodoro, nos 400m com barreiras.
Para o técnico da seleção brasileira, Adauto Domingues, Hudson é um dos favoritos. “Ele (Hudson) está bem. É um dos que pode brigar pelo primeiro lugar”, observou Domingues.
Dono de duas medalhas de ouro no Pan de Santo Domingo, em 2003, nos 1.500m e nos 5.000m, Hudson dessa vez só se classificou para uma prova. “Desde o Troféu Brasil (em junho), ele vem crescendo. Teve um mês de treinos e está confiante”, contou o técnico.
Adauto, técnico do também brasiliense Marilson Gomes dos Santos – o treinador de Hudson, Luiz Alberto de Oliveira, está no exterior e não veio ao Pan do Rio – observa que os Estados Unidos, tradicionalmente fortes na velocidade, vieram ao Pan com uma equipe qualificada também no meio-fundo e fundo. “Eles já venceram os 5.000m (Ed Moran) e os 10 mil feminino (Sara Slattery) com atletas que não são naturalizados. Há cerca de dois anos, eles vêm investindo nessa área.”
O rival americano de Hudson nos 1.500m é Andrew McClary, que entrou na prova com o tempo de 3min39s81, inferior ao do brasileiro, de 3min38s74 (a melhor marcas entre os 14 competidores).
Dobradinha
Na prova do salto em distância, embora haja rivalidade na competição, Maurren e Keila são companheiras de clube, treinam juntas no Ibirapuera, em São Paulo, e têm até o mesmo técnico. “As duas têm possibilidades bem grande de ir ao pódio, mas a prova vai estar forte”, avaliou Nélio Moura, o treinador das brasileiras.
Maurren Magi esbanja confiança nesse Pan. “Acho que eu e a Keila podemos fazer dobradinha nas duas provas”, revelou a atleta, referindo-se também ao salto triplo, que será disputado na sexta-feira.
Bronze
A única medalha do Brasil no terceiro dia de provas do atletismo veio com o bronze de Carlos Chinin, de 22 anos, no decatlo (uma combinação de dez esportes diferentes). Nos 100m rasos, Vicente Lenílson terminou em sétimo. Churandy Martina, fez o tempo de 10s15, e ficou com o ouro. A medalha de prata foi para o americano Darvis Patton (10s17), e a de bronze para o canadense Brendan Christian (10s26).
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