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Brasília

Policiais se manifestam contra nova Previdência: “pior aposentadoria policial do mundo”

Federação dos Policiais Federais mostra indignação com baixa no salário e perda de pensão para as famílias

Willian Matos

07/06/2019 12h07

Foto: Divulgação/Fenapef

Willian Matos
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A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) é contrária a diversos pontos da reforma da Previdência. Afirmando que o governo não tem cumprido a similaridade de tratamento com os militares das Forças Armadas (isto é, outros militares estariam tendo maior atenção dos políticos), a Fenapef é incisiva em dizer que a proposta implementa a “pior aposentadoria policial do mundo”.

O órgão reitera que foram realizadas várias conversas e reuniões com o Executivo e o Legislativo, além de participação em audiências públicas com autoridades, para esclarecer o desfavorecimento. “Pelo menos cinco reuniões foram realizadas com o relator da reforma da previdência, Deputado Samuel Moreira”, afirma, em nota. Ainda de acordo com a Federação, os acordos não estão sendo cumpridos.

“Foram realizadas duas agendas junto à Casa Civil do atual governo – presente inclusive o atual Ministro Weintraub, antes do envio da reforma da previdência ao Congresso Nacional, tendo havido o compromisso expresso de manter a similaridade de tratamento com os militares das Forças Armadas, inclusive em projeto apartado, não tendo sido tal acordo honrado pelo governo”, informa.

Se dizendo surpreendidos por posicionamentos da Presidência da República e do Ministério da Economia, a Fenapef pede que todos os policiais federais fiquem “em estado de alerta para convocações, AGEs e o necessário convencimento dos parlamentares da Comissão Especial, para continuarmos lutando pelos nossos direitos previdenciários”.

Salário e pensão

Uma das preocupações dos policiais é a diminuição da remuneração líquida da categoria — inclusive dos aposentados. Caso a reforma seja aprovada, a queda vai variar R$ 600 a R$ 1.400. Segundo eles, as famílias também correm o risco de ficar sem pensão.

“Duas polícias federais”

A Fenapef teme, também, que a reforma poderá causar uma disfunção na atividade policial federal, “criando indubitavelmente “duas polícias federais”, situação essa que poderá afetar diretamente na qualidade e produtividade do órgão, causando desinteresse na atividade fim, que é investigar e combater o crime, especialmente a corrupção”

Leia a nota da Fenapef na íntegra.

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