A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deu um passo estratégico para aprimorar sua atuação: instituiu o cargo de delegado-chefe regional. A medida, que reestrutura a organização interna da corporação, busca descentralizar o comando das unidades policiais e fortalecer a articulação com as demais forças de segurança pública. A expectativa é aumentar a efetividade no enfrentamento à criminalidade, com ênfase nos crimes violentos letais intencionais (CVLI) e nos crimes contra o patrimônio.
Segundo o diretor do Departamento de Polícia Circunscricional, Vicente Paranahiba, a criação dos novos cargos responde à necessidade de uma atuação mais próxima das especificidades de cada região. “O objetivo maior é descentralizar e estar mais atento à criminalidade de cada região, procurando sempre aprimorar a segurança pública dessas localidades”, afirmou.
Reorganização por regiões
O Distrito Federal está dividido em quatro Regiões Integradas de Segurança Pública (Risps): Metropolitana (Risp 1), Sul (Risp 2), Oeste (Risp 3) e Leste (Risp 4). Com a nova estrutura, cada região passa a contar com um delegado-chefe regional responsável por coordenar as ações das delegacias circunscricionais sob sua jurisdição. Esses chefes terão ascendência sobre os demais delegados da área, além de manterem a chefia de suas respectivas unidades.
A Risp 3 foi subdividida em duas áreas: Oeste I, que engloba Taguatinga, Brazlândia, Águas Claras, Arniqueiras e Vicente Pires; e Oeste II, que abrange Ceilândia, Sol Nascente e Samambaia.
Confira os delegados-chefes regionais já definidos:
- Risp 1 (Metropolitana): Laercio Rosseto – 10ª DP (Lago Sul)
- Risp 2 (Sul): Johnson Kenedy Monteiro – 29ª DP (Riacho Fundo)
- Risp 3 – Oeste I: Pablo Aguiar – 38ª DP (Vicente Pires)
- Risp 3 – Oeste II: Luiz Alexandre Gratão – 32ª DP (Samambaia Sul)
- Risp 4 (Leste): Hudson Maldonado – 13ª DP (Sobradinho)
Foco na redução da criminalidade
Uma das principais atribuições dos novos delegados-chefes regionais será monitorar os indicadores criminais de suas áreas, em especial os CVLIs e os crimes patrimoniais. Com uma gestão mais regionalizada, a PCDF espera articular melhor as ações integradas com outras forças, como a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, para garantir respostas mais rápidas e eficazes.
A nova organização busca também fortalecer o vínculo entre as delegacias e as comunidades locais, promovendo maior proximidade e sensibilidade às particularidades de cada região administrativa do DF.
Abrangência das Risps
A divisão das Risps segue o seguinte mapeamento:
Risp Metropolitana (Risp 1)
- Asa Sul (1ª DP), Asa Norte e Noroeste (2ª DP), Cruzeiro/Sudoeste/Octogonal/SIA (3ª DP), Guará (4ª DP), Zona Central (5ª DP), Estrutural/SCIA (8ª DP), Lago Sul/Jardim Botânico (10ª DP)
Risp Sul (Risp 2)
- Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Park Way (11ª DP), Gama (14ª e 20ª DPs), Recanto das Emas e Água Quente (27ª DP), Riacho Fundo I e II (29ª DP), Santa Maria (33ª DP)
Risp Oeste (Risp 3)
Oeste I:
- Taguatinga (12ª, 17ª e 21ª DPs), Brazlândia (18ª DP), Águas Claras e Arniqueiras (21ª DP), Vicente Pires (38ª DP)
Oeste II:
- Ceilândia (15ª, 19ª, 23ª e 24ª DPs), Sol Nascente (19ª DP), Samambaia (26ª e 32ª DPs)
Risp Leste (Risp 4)
- Paranoá e Itapoã (6ª DP), Lago Norte e Varjão (9ª DP), Sobradinho (13ª DP), Planaltina e Arapoanga (16ª e 31ª DPs), São Sebastião (30ª DP), Sobradinho II e Fercal (35ª DP)
A iniciativa da PCDF representa uma mudança estrutural relevante no enfrentamento da criminalidade, com foco na gestão regional e na atuação integrada. A expectativa é de que, com essa reorganização, o tempo de resposta e a eficiência nas investigações e ações preventivas sejam significativamente aprimorados.
Com informações da Polícia Civil do DF
