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Brasília

PCDF desarticula rede de tráfico e realiza a segunda maior apreensão de cetamina no Brasil

A operação cumpre 10 mandados de busca e apreensão em quatro cidades: Belo Horizonte, Betim e Perdões, em Minas Gerais, e Valparaíso, no Entorno do DF

João Victor Rodrigues

06/08/2025 7h07

Foto: PCDF

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, na madrugada desta quarta-feira (6), a Operação Nêmesis, com o objetivo de desmontar um esquema de desvio e tráfico de cetamina — substância anestésica de uso controlado na medicina veterinária, mas que vinha sendo usada de forma recreativa em festas, especialmente no circuito LGBTQIA+ da capital federal.

Coordenada pela 5ª Delegacia de Polícia (Área Central), a operação cumpre 10 mandados de busca e apreensão em quatro cidades: Belo Horizonte, Betim e Perdões, em Minas Gerais, e Valparaíso, no Entorno do Distrito Federal. Os alvos são cinco pessoas físicas e cinco empresas do ramo veterinário, incluindo clínicas, agropecuárias e distribuidoras de medicamentos controlados.

Durante as diligências, os agentes apreenderam mais de 4 mil frascos de 50 ml de cetamina, considerada uma das maiores apreensões já registradas da substância no país. A quantidade seria suficiente para anestesiar cerca de 80 mil cães de porte médio, 100 mil gatos ou 4 mil cavalos, segundo estimativas da própria polícia.

As investigações apontam que os envolvidos falsificavam receitas e notas fiscais veterinárias para forjar legalidade e facilitar o desvio dos medicamentos para o mercado ilícito. Por isso, além de responderem por tráfico e associação para o tráfico (arts. 33 e 35 da Lei de Drogas), os suspeitos também poderão ser enquadrados por falsificação de documento particular (art. 298 do Código Penal), crime cuja pena pode chegar a cinco anos de reclusão.

Foram recolhidos frascos de cetamina, documentos, celulares e computadores, que serão periciados e confrontados com dados obtidos durante a investigação, que já conta com quebras de sigilo autorizadas pela Justiça.

A operação conta com o apoio do Ministério da Agricultura, da Polícia Civil de Minas Gerais e do Departamento de Narcóticos (Denarc) mineiro. As investigações continuam com foco na análise técnica dos materiais apreendidos e no rastreamento da cadeia de distribuição da droga.

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