A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), deflagrou nesta terça-feira (03/09), a com o objetivo de desarticular um grupo criminoso especializado em fraudes financeiras envolvendo criptomoedas. Os criminosos atraiam as vítimas por meio de aplicativos de relacionamento para induzi-las a realizar investimentos.
De acordo com a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), o modus operandi do grupo consistia em atrair vítimas por meio de aplicativos de relacionamento para estabelecer laços de confiança. Em seguida, as vítimas eram convencidas a realizar investimentos em criptomoedas.
“As vítimas eram induzidas ao erro por meio de supostos lucros significativos apresentados pelos criminosos, o que as levava a realizar novos aportes financeiros.”, destaca o delegado João Guilherme.
Ainda de acordo com a Delegacia Especializada, quando o montante investido alcançava valores substanciais, os criminosos cessavam todo contato e desapareciam com os recursos.
Segundo as investigações, o núcleo financeiro do grupo criminoso estava localizado em Senador Canedo/GO. Os criminosis possuiam um esquema sofisticado de transações de ativos virtuais, arquitetado com o objetivo de ocultar o rastro dos valores desviados, tornando a rastreabilidade dos recursos extremamente complexa.
Durante a operação, além do sequestro de ativos virtuais pertencentes aos investigados (bloqueio de criptomoedas), foram cumpridos mandados de busca e apreensão em local relacionado ao núcleo financeiro do grupo.
O bloqueio marca significativamente as investigações relacionadas ao uso de criptomoedas em atividades ilícitas pela PCDF, pois é o primeiro bloqueio de ativos virtuais realizado pela instituição.
Os investigados poderão responder pelos crimes de estelionato eletrônico, organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas, se somadas, podem chegar até 26 (vinte e seis) anos de reclusão.