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Brasília

PCDF deflagra Operação Saque Fantasma e desmantela fraude bancária de R$ 8 milhões

O principal objetivo da ação foi apreender dispositivos eletrônicos usados no esquema

João Victor Rodrigues

30/09/2025 10h24

Foto: PCDF

Nesta terça-feira (30), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), realizou a Operação Saque Fantasma, que cumpriu 13 mandados de busca e apreensão contra investigados por fraude em um sistema de pagamentos de uma instituição financeira digital. O nome da empresa não foi divulgado por questões de sigilo.

O principal objetivo da ação foi apreender dispositivos eletrônicos usados no esquema. Porém, durante o cumprimento de um dos mandados, em Ceilândia, os agentes encontraram nove quilos de crack, um quilo de skunk e um quilo e meio de cocaína, avaliados em aproximadamente R$ 250 mil, além de R$ 34 mil em espécie, celulares, veículos e um jet-ski. Um homem de 25 anos foi preso em flagrante por tráfico de drogas.

A fraude explorava uma vulnerabilidade do sistema da instituição: os criminosos realizavam depósitos via PIX pouco antes de efetuar saques, geralmente próximos de R$ 1.000, e obtinham o estorno automático, duplicando os valores. O montante era rapidamente transferido para outras contas. Ao todo, o golpe causou prejuízo de R$ 8 milhões no país, sendo R$ 494 mil no DF, com 546 transações irregulares realizadas por 19 usuários.

Segundo a PCDF, os criminosos, com idades entre 18 e 40 anos, atuavam de forma coordenada, chegando a operar em grupos nos mesmos terminais. Um levantamento apontou que 11 dos 19 investigados já tinham registros criminais por homicídio, roubo, tráfico de drogas, receptação e porte ilegal de arma. Parte deles confessou envolvimento durante as buscas.

Os investigados responderão por furto mediante fraude e associação criminosa, podendo receber até 13 anos de prisão, além de responder pelos crimes ligados ao tráfico de drogas.

Por decisão judicial, foi determinado o bloqueio de ativos financeiros via SISBAJUD, em valores proporcionais ao prejuízo causado, para ressarcir a empresa vítima. As investigações prosseguem para identificar todos os envolvidos e apurar como a vulnerabilidade do sistema bancário foi descoberta.

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