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Brasília

Parceria socioambiental busca segurança hídrica para o Distrito Federal

ONG e institutos Brasília Ambiental e Oca do Sol promovem a partir de amanhã um Curso de Mapeamento Comunitário de Nascentes

Redação Jornal de Brasília

14/01/2022 17h39

Neste sábado (15), a organização não-governamental Centro Internacional de Água e Transdisciplinaridade (Cirat) dá a largada à primeira oficina do Curso de Mapeamento Comunitário de Nascentes, iniciativa dedicada à sensibilização da população e ao estímulo à autogestão dos recursos hídricos pela comunidade.

Uma oficina presencial para o mapeamento de nascentes no Lago Sul, na Serrinha do Paranoá e no Setor de Mansões do Lago Norte, passando pela Barragem do Paranoá, será realizada no dia 22 de janeiro – podendo ser antecipada ou estendida por conta das condições climáticas locais. O curso conta com mais uma oficina virtual no dia 29 de novembro. Ao todo, mais de cem participantes farão o mapeamento.

O curso integra as ações do projeto Arco das Nascentes do Paranoá – fruto de uma parceria firmada em 1º de dezembro de 2021 entre o Cirat, o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e o Instituto Oca do Sol –, concebido com o intuito de criar um corredor ecológico entre o Parque Nacional de Brasília e a ARIE Granja do IPÊ. A ideia é contribuir para a conservação do Cerrado na Bacia Hidrográfica do Lago Paranoá – e para a quantidade e a qualidade de suas águas para a presente e as futuras gerações.

O projeto Arco das Nascentes do Paranoá conta com o fomento de recursos de emenda parlamentar do deputado distrital Leandro Grass (Rede) – e prevê ainda, além do mapeamento e da sinalização de áreas produtoras de água e nascentes da região, ações de comunicação e aprofundamento técnico para a restauração ambiental e iniciativas para o envolvimento da população em ações de educação ambiental.

“Hoje, as soluções aos desafios ambientais que estamos enfrentando devem ser construídas de forma participativa e compartilhada, por meio de parcerias estabelecidas entre o governo, a sociedade civil e a academia: juntos, esses atores conseguem fazer a diferença e promover a segurança hídrica nesse cenário de grave crise climática global”, diz o diretor do Cirat, Sergio Augusto Ribeiro, ao comentar o projeto. “O Arco das Nascentes do Paranoá é extremamente importante para a sustentabilidade socioambiental da região e de todo o DF”, reitera.

GUARDIÕES DAS NASCENTES

O Curso de Mapeamento Comunitário de Nascentes será realizado por meio da metodologia Guardiões das Nascentes, parte de um grande movimento, de abrangência nacional, desenvolvido pelo Oca do Sol.

“A metodologia Guardiões das Nascentes – que será aplicada no Curso de Mapeamento Comunitário de Nascentes que começa amanhã – vai além da proteção desses recursos naturais: ela apoia e fomenta as políticas públicas do Distrito Federal em relação à ocupação do solo”, diz Maria Consolacion Udry, presidente do instituto.

CONSCIÊNCIA

O projeto Arco das Nascentes do Paranoá é acompanhado de perto pela Diretoria de Conservação e Recursos Hídricos do Ibram. Para a diretora Janaína Starling, a expectativa é grande. “A execução do projeto de conservação corresponde não só aos recursos hídricos, mas a todo o cuidado com o meio ambiente em prol da preservação das nascentes”, ressalta, acrescentando que “a atuação do projeto em eixos temáticos torna a disseminação da consciência ecológica bem ampla, levando educação ambiental para dentro de escolas e sensibilizando também crianças e adolescentes”.

Além dos institutos Oca do Sol e do Ibram, outros parceiros também colaboram com o projeto – como a Associação Alternativa Terrazul e a Universidade de Brasília (UnB). O projeto conta ainda com a cooperação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

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