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Brasília

Pai e filho são presos em Samambaia por operar esquema ilegal de TV via internet

Dupla montou central de atendimento clandestina e comercializava pacotes piratas com até 160 assinantes ativos

João Victor Rodrigues

09/10/2025 7h41

Foto: PCDF

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu Henrique Cardoso Reis da Cruz, 26 anos, ex-militar da Força Aérea Brasileira (FAB), e seu pai, Reginaldo Reis da Cruz, 47, suspeitos de comandar um esquema de venda ilegal de pacotes de TV via internet (IPTV). A dupla mantinha uma central de atendimento remota na residência da família, em Samambaia Norte, utilizada para gerenciar assinaturas e prestar suporte aos clientes.

Identificado comercialmente como “RegisTV”, Reginaldo admitiu ser o criador e administrador da plataforma digital, hospedada em servidor estrangeiro, usada para distribuir programação de emissoras sem autorização. Segundo as investigações, o grupo burlava sistemas de segurança dos provedores para liberar os canais de forma clandestina.

O esquema teve início em 2023, quando Reginaldo adquiriu em fóruns e grupos online os chamados “painéis de distribuição” de listas IPTV, conhecidas como listas M3U, e passou a revender o conteúdo diretamente ao público. Com o tempo, alcançou 160 assinantes ativos, que pagavam entre R$ 17 e R$ 35 mensais, chegando a R$ 200 no plano anual. Os pagamentos eram realizados via Pix.

O investigado declarou que o negócio rendia cerca de R$ 2 mil por mês e reconheceu saber que o serviço era irregular, sem autorização da Anatel nem das empresas detentoras dos direitos autorais.

Henrique, ex-cabo da FAB, teria deixado a carreira militar após seis anos de serviço e passou a auxiliar o pai, administrando cerca de 30 clientes.

Ambos foram autuados por violação de direitos autorais e exploração clandestina de telecomunicações, com base no artigo 183 da Lei Geral de Telecomunicações (Lei nº 9.472/1997), que prevê pena de dois a quatro anos de detenção e multa.

Após pagamento de fiança de R$ 3 mil, pai e filho responderão ao processo em liberdade. A PCDF segue investigando o caso para periciar os equipamentos apreendidos e identificar os usuários que se beneficiaram do serviço ilegal.

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