Matheus Venzi
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Na tentativa de democratizar o uso do Lago Paranoá, o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, apresentou ontem (25) a conclusão das desobstruções na orla do Lago Norte. A área já está disponível para ser usada, entretanto, não existe um projeto concreto para a construção da infraestrutura da área, como ciclovias, quadras e parques. O governador se comprometeu a entregar a orla do Lago Sul até o fim do ano.
“Democratizar o lago também é democratizar Brasília. Foram 671 m² desobstruídos aqui [Lago Norte]. Iremos fazer também um concurso público internacional para que os arquitetos e urbanistas possam dar a sua contribuição para a melhor forma de utilizar essa orla”, declarou Rollemberg. Ele afirmou que a proposta para este edital já está sendo analisada pela Procuradoria-Geral do Distrito Federal e que está aguardando uma posição do órgão.
A respeito da segurança, o governador indicou que haverá policiamento, principalmente aos fins de semana, quando o movimento é maior. A área é exclusiva para pedestres, não sendo permitida a entrada de veículos.
Sem impedimento
A diretora-presidente da Agência de Fiscalização (Agefis), Bruna Pinheiro, expõe que o órgão já não tem mais nenhum impedimento judicial para realizar as desobstruções que faltam. “As dificuldades que encontramos foram naturais, de pessoas que não queriam perder aquilo que conquistaram, mas tudo foi resolvido no tribunal”, diz. Ela destaca que os lotes de propriedade da União já foram negociados e desobstruídos.
Bruna ressalta que, para a conclusão da orla do Lago Sul, ainda resta a desobstrução de lotes na QL 6, do condomínio Villages Alvorada e alguns terrenos pontuais da região.
Sobre as embaixadas, a diretora-presidente confirmou que os terrenos de quatro delas ainda não foram desobstruídos. “Várias embaixadas foram notificadas, algumas recuaram e outras não. Estamos negociando, sob mediação da Advocacia-Geral da União, com estas que não recuaram”, completa.
Saiba mais
- Os custos total do projeto Orla Livre só serão mensurados após a sua conclusão. Porém, estima-se que foram gastos de R$ 8 mil a R$ 12 mil por terreno desobstruído. Os equipamentos utilizados na operação são de pequeno porte, para não agredir o meio ambiente, e em algumas áreas o processo foi feito quase que de forma manual.
- Faltam 67 lotes no Lago Sul. Ao todo serão desobstruídos 446 terrenos.