Evitar um evento de segunda categoria e enquadrar o Brasil em padrões olímpicos, estas foram algumas das justificativas apresentadas para o estouro no orçamento dos Jogos Pan-americanos do Rio. Em entrevista coletiva realizada quarta-feira, no Rio de Janeiro, para marcar os 30 dias que faltam para o início do evento, representantes da organização comentaram a preparação e tiraram saldo positivo de todas as iniciativas implantadas até agora.
Para o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, o esforço concentrado no Pan justifica-se por “dar ao Brasil equipamentos de nível olímpico”. Orçado inicialmente em US$ 225 milhões, os Jogos já consumiram cerca de R$ 1,8 bilhão em recursos federais. Governos Municipal e Estadual também deram sua parcela de contribuição em cerca de R$ 1,1 bilhão e R$ 500 milhões, respectivamente.
Apesar de abordar o assunto, Nuzman não desfez o mistério de quanto, em realidade, está custando o Pan para o Brasil, mas reafirmou que os legados do evento superam as despesas. Sem arriscar um valor exato, ele garantiu que o aumento no orçamento inicial brasileiro é o menor da história da competição.
Responsável por uma das sedes que mais têm preocupado na organização do evento, o Complexo do Maracanã, o Governo Estadual também justificou o aumento nas despesas. Para o secretário estadual de esportes, Eduardo Paes, “houve uma decisão política de se fazer um incremento do que seriam os Jogos”.