Com pouco mais de dois meses para o início dos Jogos Pan-americanos, uma nova polêmica. Nesta quinta-feira, as obras do Parque Aquático Maria Lenk foram paralisadas pelo Consórcio responsável, que reúne as construtoras Saneiro e Delta. Cerca de 750 operários foram mandados de volta para casa.
Todo o problema surgiu por causa de uma pendência de R$ 15 milhões que ainda depende da liberação do Ministério do Esporte. O dinheiro não chegou porque a prefeitura tem uma dívida referente ao imposto territorial rural (ITR) e, por isso, acabou inclusa no cadastro único de exigências para transferências voluntárias, o Cauc. O Consórcio diz que não recebe qualquer valor há cinco meses.
Anteriormente, o secretário de obras Eider Dantas chegou a ameaçar a paralisação das obras até para agilizar a chegada da verba. Contudo, a prefeitura deixa claro que não teve qualquer tipo de influência na atitude do Consórcio Parque Aquático.
Ainda segundo a versão oficial da assessoria de comunicação da Secretaria de Obras, a posição da prefeitura carioca é que as obras devem ser retomadas no máximo até esta sexta-feira. Caso o contrário, o Consórcio estará passível a sofrer uma punição.
A previsão inicial era que o Parque Aquático Maria Lenk fosse terminado no dia 5 de junho. Durante a inauguração desta quarta-feira dos apartamentos mobiliados da Vila Olímpica, o ministro do Esporte, Orlando Silva, demonstrava confiança na resolução do caso antes mesmo desta última paralisação. “Tive uma conversa produtiva com o prefeito César Maia, que me falou para ficar tranqüilo e que tudo ficaria pronto no tempo adequado”, disse o ministro na ocasião.