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Brasília

Obras na Epig têm plantio de mais de 12,5 mil árvores como compensação ambiental

Obras na Epig priorizam mitigação de impactos, monitoramento da fauna e plantio de 12,5 mil árvores nativas do Cerrado

Redação Jornal de Brasília

10/10/2025 15h46

Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

As obras na Estrada Parque Indústrias Gráficas (Epig), parte do projeto Corredor Eixo-Oeste, marcam um avanço na mobilidade entre o Sol Nascente/Pôr do Sol e o centro do Distrito Federal. O projeto, conduzido pelo Governo do Distrito Federal (GDF), combina infraestrutura moderna com ações de conservação ambiental.

Para reduzir impactos durante a execução, a Secretaria de Obras e Infraestrutura (SODF) implementou medidas de controle de ruídos, monitoramento da fauna, aspersão de água para conter a poeira e reaproveitamento de solo. “Trabalhamos em toda a execução da obra obedecendo às condicionantes, que exigem medidas de controle em busca de minimizar os efeitos na população, nos animais e nos transeuntes”, afirmou Aldo Fernandes, chefe da Assessoria de Meio Ambiente da SODF.

Com 38,7 km de extensão, o Corredor Eixo-Oeste reduzirá o tempo de deslocamento entre o Sol Nascente e o Plano Piloto. A execução exigiu a retirada controlada de árvores, supervisionada por especialistas. A compensação prevê o plantio de cinco novas árvores para cada uma suprimida, totalizando 12,5 mil mudas. Até o momento, 16 árvores de grande porte foram transplantadas e outras 204 já inseridas em novas áreas.

Segundo Fernandes, as espécies plantadas são nativas do Cerrado, como os ipês. “Nossa intenção é garantir que os indivíduos arbóreos retirados sejam repostos em igual quantidade, com espécies locais”, destacou. O projeto paisagístico, sob responsabilidade da Novacap, definirá a densidade e a composição das espécies.

A engenheira ambiental Jéssica dos Reis explicou que há dois tipos de compensação: a ambiental, com recursos destinados ao Fundo Único de Meio Ambiente, e a florestal, que prevê o replantio das mudas. Esses recursos também financiam ações em todo o DF, como recuperação de áreas degradadas e revitalização de nascentes.

A superintendente de licenciamento ambiental do Instituto Brasília Ambiental, Nathalia Almeida, afirmou que a execução cumpre as normas. “Há visitas e relatórios periódicos para verificar se as condicionantes estão sendo cumpridas. Até o momento, não há indício de irregularidade na obra da Epig”, disse.

A bióloga e assessora ambiental Natália Teixeira ressaltou a importância das espécies nativas. “Elas fortalecem o solo e ajudam a manter o equilíbrio ambiental, mesmo após a conclusão da obra”, explicou.

O engenheiro civil Leonardo Miranda destacou que o projeto integra engenharia e meio ambiente desde a fase de concepção. “Não existe obra sem impacto, mas buscamos sempre mitigá-lo ao máximo”, afirmou.

O modelo de compensação adotado no DF assegura ganhos ambientais mesmo em áreas urbanas. Além de ampliar a mobilidade, o Corredor Eixo-Oeste reforça o compromisso do GDF com o desenvolvimento sustentável e a valorização da flora do Cerrado.

Com informações da Agência Brasília

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