Por Carolina Chendes, Letícia Corrêa e Júlia Cavalcante
Agência de Notícias CEUB
Com apenas 19 anos, Davi Ferreira, aluno de engenharia da Universidade de Brasília (UnB), relata ter sofrido três abordagens desproporcionais por parte da polícia, devido à sua cor de pele.
Por caminhar pelo DF e entorno, o estudante sofreu desde questionamentos de porque estava circulando, até aproximações mais duras, que chegaram a resultar em uma rasteira.
Em entrevista à Agência Ceub, Davi conta sobre a vez em que estava no Gama, local do campus de sua universidade, ele foi abordado e perguntaram: “Onde você mora?” , quando ele respondeu que era de outra região, o policial, sem nenhuma explicação prévia, disse: “Você não deveria estar aqui “. Depois da ameaça, o agente da polícia, completou: “ Você tem sorte, se fosse outro no meu lugar, você ia pra delegacia”.
Davi ressalta a importância da inclusão de policiais na academia. Para ele, essa ação é um fator importante para a diminuição de casos de racismo em abordagens. O estudante também critica a falta de cobertura da mídia em situações como essa , já que são muito recorrentes, porém pouco divulgadas.
A assessoria de comunicação da PM foi consultada sobre o episódio, mas não respondeu à reportagem até a publicação. O espaço está aberto para posicionamentos.