Menu
Brasília

O adeus à jornalista Suelene Gusmão

O velório de Suelene acontece nesta terça-feira, as 15h, no cemitério Campo da Esperança na Asa Sul

Redação Jornal de Brasília

11/09/2023 20h13

Reprodução

Goiana de nascença, e moradora da capital federal desde 1988, a jornalista Suelene Gusmão faleceu nesta segunda-feira, devido a uma insuficiência respiratória. Em 2014, Suelene encerrou sua passagem pelo Jornal de Brasília e estava aposentada desde então. O velório de Suelene acontece nesta terça-feira, as 15h, no cemitério Campo da Esperança na Asa Sul.

Suelene Teles Fonseca de Gusmão tinha 69 anos e nasceu dia 28 de junho de 1954. A família foi pega de surpresa com a perda, já que Suelene não estava com problemas de saúde aparentes. Ana Fonseca de Gusmao, 41 anos, filha de Suelene, conta que ela estava com os exames em dia. “Ela tinha um diagnóstico de trombose, mas na verdade nem era trombose. Foi insuficiência respiratória”.

Suelene tinha mais três filhos, além de Ana: André Fonseca de Gusmão, Inês Fonseca de Gusmão e Ivan Fonseca de Gusmão. E também teve três netos: Antonio Feitosa Bezerra, Bruno Feitosa Bezerra e João Antonio de Gusmão. Ela se sentia completa e feliz com tudo o que conquistou. Recentemente, em um diário que ganhou de um dos netos, ela escreveu: Quero deixar registrado que sempre me senti feliz. Mesmo diante dos meus maiores medos, algo me puxava para longe da infelicidade”. Suelene sempre gostou de escrever, e sempre teve uma afinidade com as palavras.

Ela escreveu ainda que sempre foi abençoada desde a primeira família, com os pais e irmãos. “Tudo foi na medida certa. Sempre tive dentro de mim uma força redentora. Deus me deu tudo, meus filhos, meus netos”. Assim ela termina um relato de como construiu uma vida feliz. Ana conta que encontrou o diário nas coisas da mãe, e foi tocada pelas palavras dela. “Achei muito bonito. Ela começou a escrever dedicando para os três netos”, afirma Ana. Ela recorda com carinho que a mãe gostava muito de escrever poesias e ler.

Muito orgulhosa de quem a mãe foi, e sempre vai ser no coração de quem a conheceu, Ana descreve a mãe como alguém de grande conhecimento e uma força da natureza. “Uma pessoa única”. Foram 18 dias na UTI, e a família tinha muita esperança de que ela acordasse. “Eu a admiro demais, sempre tive muito cuidado e respeito por ela e minha ficha não caiu ainda”. Ela morava com a mãe há muito tempo, como ela descreve. “O que fica dela é alegria. Ela era uma pessoa muito alegre, tinha muitos amigos. Uma excelente profissional”.

Depois que ela se aposentou, passava seu tempo se dedicando a família, filhos e netos, e um tempo para si. Ana conta que ela gostava muito de ler e caminhar. “Ela fazia as coisinhas dela, tinha grupo de amigas, saia para tomar café”.

Desde quando veio morar em Brasília, trouxe a família toda, e teve uma carreira vasta de mais de 30 anos. Ela trabalhou no Diário do Amanhã, O Popular em Goiânia (Goiás), em Brasília passou pelo Correio Braziliense, Jornal de Brasília, IG, e passou pela Câmara dos Deputados.

Ela deixou uma marca em quem a conheceu profissionalmente e pessoalmente. O jornalista Eduardo Brito, editor da coluna de política Do Alto da Torre, do Jornal de Brasília, conta que a melhor definição sobre Suelene foi dada por um colega em comum deles, que foi chefe de reportagem quando houve a cobertura da Assembleia Nacional Constituinte de 1987 no Correio. Nessa época, ela era repórter recém chegada a Brasília, já com uma experiência em Goiás. “E esse colega virou e falou: dizem que nós não temos medalhões fazendo a cobertura. E falou o nome de vários repórteres badalados, famosos e coisas assim. E ele acabou dizendo: mas olha, me diga uma coisa que esses repórteres badalados que a Suelene não faça?”.

Brito finaliza contando que realmente, embora fosse nova, Suelene fazia tudo que os outros repórteres mais conhecidos faziam. “E na época a cobertura do Correio foi premiada, e Suelene foi uma das grandes responsáveis por isso”. Para ele, essa é a definição de quem era Suelene. “Ela fazia de tudo no jornal, muitíssimo bem. Ela era repórter, editora, copydesk, na época que ainda existia. Ela era capaz de fazer qualquer coisa na redação”, afirma. E pessoalmente, para ele, trabalhar com a Suelene era sempre uma festa. “Uma pessoa muito alegre, muito comunicativa. E a redação com ela, era muito mais divertida, do que sem ela. Trabalhar com ela era uma delicia”.

O diagramador Iury Rafael também trabalhou com Suelene no Jornal de Brasília. Para ele, trabalhar com ela era a certeza de um dia alegre. “As risadas e o sorriso dela era contagiante. Uma pessoa incrivel”.

A jornalista Márcia Delgado trabalhou com ela em sua passagem pelo JBr, e as duas começaram uma bela amizade. “Eu e Suelene trabalhamos juntas e nos tornamos amigas-irmãs. Foram muitos momentos de alegria e cumplicidade”. Para Marcia, assim como para todos que tiveram o prazer de ter Suelene em suas vidas, fica a saudade e o amor. “Que Deus conforte André, Ana, Inês e Ivan, filhos maravilhosos que eu vi crescer”, finaliza.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado