Os preços da gasolina e do etanol vão ser reajustados novamente pelas distribuidoras de combustíveis. Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicombustíveis), desde terça-feira (16) a gasolina subiu R$ 0,05 centavos e etanol R$ 0,10 centavos. O novo ajuste foi feito devido à elevação do etanol e anidro nas usinas.
De acordo com Paulo Tavares, presidente do Sindicombustíveis, no último dia 9 de julho as distribuidoras reajustaram o valor da gasolina no Distrito Federal em 0,20 centavos. Já o etanol foi reajustado em 0,10 centavos. O motivo da mudança foi o reajuste da Petrobras em torno de 0,15 centavos, além do anidro que provocou um aumento de 0,6 centavos, também na gasolina.
Nesta semana, novamente as distribuidoras fizeram um novo reajuste que cresceu 0,5 centavos por litro e etanol de 0,10 centavos. “Novamente, segundo as distribuidoras isso se deve a elevação do etanol e do anidro nas usinas em todo território nacional”, explicou Paulo.
Paulo faz um alerta para a população, de que a gasolina vem sofrendo reajustes semanais pelas distribuidoras. “E as vezes quando o reajuste chega na bomba as pessoas culpam os donos de postos. Nós estamos comprando mais caro”. Ele ressalta que os revendedores compram os combustíveis das distribuidoras e não da Petrobrás.
O presidente explica que o preço do combustível é formado e influenciado por diversos fatores, incluindo o preço do petróleo no mercado internacional, refinaria, impostos, custo do etanol anidro e a margem de lucro das distribuidoras. Segundo o presidente, os preços desse tipo de combustível sofreram reajuste de 0,68 centavos nas usinas em 2024.
Segundo ele, a gasolina comum que a população abastece nos carros, tem 73% da gasolina que vem da refinaria e é misturada com 27% de etanol anidro. “Imagina que para fazer uma receita de bolo, vai farinha, o ovo e o açúcar. A farinha não aumentou de preço, mas o açúcar e o ovo sim. Então o bolo vai ficar mais caro, apesar da farinha não ter aumentado o preço”, exemplificou.
Para finalizar, Paulo assegura que o compromisso do Sindicombustíveis é com o consumidor do DF. “Trabalhamos todos os dias para fornecer combustíveis de qualidade a preços justos e competitivos”.
Como o consumidor foi afetado
O reajuste apertou no bolso da população que já vinha sentindo as mudanças da semana anterior. Cleuzo Ferreira, 33 anos, trabalha como operador de qualidade e precisa do carro para exercer o ofício. Para ele, essa mudança está bastante cara e ninguém gosta de aumento. “Estou abastecendo para completar o tanque, porque eu preciso rodar, mas está difícil financeiramente”. Cleuzo usa o carro diariamente e sempre abastece com gasolina.
Alessandro Fernando, 34 anos, é motorista de aplicativo. Ele acredita que foi muito afetado pelo aumento no preço dos combustíveis. “Nós que temos essa profissão de motoristas, dependemos muito de abastecer nossos veículos”, comentou. Alessandro considera que isso acarreta muito no dia a dia de quem está rodando todos os dias. “Temos que trabalhar cada vez mais sem parar”.
Para Alessandro, é ruim para os motoristas de aplicativo, que estão muito insatisfeitos com essa adequação do preço. Deve ser mais difícil para outros trabalhadores que precisam se deslocar até o local de serviço fixo diariamente. “A verdade é que não está bom para ninguém. E tem que abastecer, nós acabamos sendo refém do sistema”.