Todo mundo é igual, mas alguns são mais iguais que outros. É com este espírito que a delegação dos Estados Unidos para os Jogos Pan-americanos será tratada no Rio de Janeiro. Com a justificativa do medo do terrorismo e de olho na candidatura olímpica, a Prefeitura carioca garantiu uma série de exceções para os representantes norte-americanos durante o evento, em julho.
Entre os privilégios está a reserva de uma área exclusiva na Vila Pan-americana, além de um serviço à parte para o transporte de atletas, que será contratado sem licitação, ao contrário do destinado às demais delegações. Os acertos para viabilizar o projeto serão feitos entre o responsável pelo setor de segurança do Consulado dos Estados Unidos e pelo Gabinete Militar da Prefeitura carioca.
Há cinco meses, o secretário nacional de segurança pública do Ministério da Justiça, Luiz Fernando Corrêa, já havia adiantado que os Estados Unidos poderiam contar com um esquema especial de proteção durante o evento. A possibilidade foi confirmada pelo prefeito do Rio, César Maia, nesta quinta-feira, após encontro com o presidente da Organização Desportiva Pan-americana (Odepa), Mário Vasquez Raña.
De acordo com Maia, a deferência especial aos Estados Unidos se justifica pelo receio de ataques terroristas. Mas o tratamento exclusivo não é totalmente a troco de nada. Com isso, o prefeito espera ganhar pontos na disputa pela sede dos Jogos Olímpicos de 2016.
