A dupla masculina brasileira de badminton formada por Guilherme Kumasaka e Guilherme Pardo fez história ontem. Ao vencerem os guatemaltecos Kevin Cordon e Rodolfo Ramírez por 2 sets a 1 (21/7, 16/21, 21/17), nas quartas-de-final, os dois garantiram a primeira medalha do Brasil na modalidade em Pans – estreou no programa dos Jogos em 1995. No badminton, não há disputa pela terceira posição e os semifinalistas ficam pelo menos com o bronze.
A semifinal será hoje contra os norte-americanos Bob Malaythong e Howard Bach, no Complexo Esportivo do Riocentro. “Será muito difícil, pois a dupla norte-americana joga muito bem. Mas é possível, claro que é”, afirmou Celso Wolf Júnior, presidente da Confederação Brasileira de Badminton.
Nas oitavas, os brasileiros haviam derrotado Mitchel Wongsodikromo e Virgil Soeroredjo, do Suriname, por 2 x 0, com parciais de 21/16 e 21/11. Na competição de simples, eles foram eliminados.
Antes do início do Pan, os Guilhermes eram apontados pelo chefe de delegação da modalidade, Gilberto Pupo Nogueira, como as maiores esperanças para quebrar o jejum do badminton brasileiro.
Pardo, 25 anos, é o grande destaque da modalidade no País. É pentacampeão brasileiro em simples e duplas e medalhista de bronze em duplas no Campeonato Pan-Americano (2001) da modalidade. Além de badminton, praticava também basquete, natação, vôlei e futsal. Aos 12 anos, em uma viagem aos EUA, ganhou bronze em um torneio juvenil de badminton e decidiu se dedicar ao esporte.
Quatro anos mais velho que o parceiro, Kumakasa faturou com Pardo o título de duplas do Pan-Americano em 2001. Também ganhou o Brasileiro de duplas em 1997 e o Pan-Americano Júnior, em 96. O atleta é personagem de uma revista em quadrinhos, “Bapi e sua Turma”, sobre badminton, distribuída em todo o País para divulgar o esporte.
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