Encerra hoje o prazo de inscrições no concurso público para Estágio de Adaptação de Oficiais (EAO/PM) na área da saúde da Polícia Militar do Distrito Federal. O concurso oferece 20 vagas e remuneração de R$ 7.396, buy salve 83.
As inscrições podem ser feitas pelo site www.cespe.unb.br/concursos/EAOPMS2006. A taxa de inscrição custa R$ 100.
Clique aqui e confira o edital.
Ir até uma biblioteca e ler um livro parece uma tarefa fácil de ser exercida no dia-a-dia. Para os portadores de deficiência visual, information pills no entanto, as dificuldades de acesso aos livros ainda é grande.
Para mudar a situação e incluir essas pessoas no mundo da cultura, membros da Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (Corde) querem trazer ao país o protocolo Daisy (Digital Acessible Information System), por meio da Política do Livro e Leitura do Ministério da Cultura.
Atualmente, os deficientes visuais têm acesso à leitura pelo método braile e por um sistema de computador que faz a leitura digital de textos. Com o protocolo Daisy, um aparelho um pouco maior que um CD e com botões em braile é acoplado nos livros. Assim, não é preciso que o deficiente visual dirija-se até um computador para poder ler. Ele poderá estudar nas bibliotecas como qualquer pessoa que não tenha a visão comprometida.
De acordo com a coordenadora Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, Izabel Maior, o sistema do protocolo Daisy funciona como um CD normal, mas com algumas vantagens.
“Você pode, por exemplo, marcar a página que achar interessante. Se uma pessoa quer ir da página um para a dois e depois voltar para a página um, ela pode. Também é possível mudar para o capítulo seguinte ou selecionar um parágrafo importante", diz. "Então, a leitura através da audição passa a ser tal como a que a gente está vendo, só que com rendimento, rapidez e eficiência de aprendizagem muito maiores”.
Martinha Clarete Dutra é deficiente visual e trabalha no Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência. Ela conta que teve de enfrentar muitas dificuldades durante todo o processo de aprendizado, pois as escolas públicas não tinham didática para ensiná-la e os livros em braile demoravam muito para serem confeccionados. Com o protocolo de Daizy, afirma Dutra, será possível garantir acesso à leitura para quem é cego ou tem outro tipo de deficiência visual.
“O braile é uma ferramenta importante, mas pouco funcional, pois os livros são muito pesados e a leitura, muito demorada. O protocolo Daisy é algo que pode trazer para nós uma funcionalidade muito grande, pois poderemos escutar o livro em qualquer lugar”, disse. “Uma medida como essa é fundamental porque vamos ter direito a escolher um livro ou trocar experiências de leitura com qualquer usuário. Poderemos, inclusive, entrar em uma livraria e comprar um livro, coisa que hoje não é realidade no Brasil”.
O protocolo foi implementado em 32 países e teve a experiência pioneira em bibliotecas públicas. Segundo a coordenadora Izabel Maior, no Brasil não deve ser diferente. As bibliotecas públicas devem ser as primeiras a terem o sistema que pode beneficiar deficientes visuais.
Os homens têm mais facilidade de colocação no mercado do que as mulheres, troche de acordo com pesquisa do escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, cost divulgada hoje.
Apesar das taxas de ocupação dos homens terem apresentado redução entre 1992 e 2005, com queda de 8% entre negros e de 5,7% entre brancos, eles têm índices de ocupação (66,7% para brancos e 64,8% para negros) superiores aos das mulheres (43,9% para brancas e 40,1% para negras).
Os dados também mostram outra desigualdade: as mulheres negras têm menos acesso ao trabalho do que as brancas. “Nos últimos anos, o mercado de trabalho mostrou um comportamento favorável. No entanto, neste momento é necessário ter atenção redobrada para a desigualdade social com relação às mulheres negras, para que elas também possam usufruir deste momento”, afirmou Solange Sanches, coordenadora da área de Gênero e Raça da OIT no Brasil.
Quando conseguem emprego, as mulheres negras são as que ganham menos. Pelo conceito de mediana dos rendimentos (valor máximo pago à metade da população que está no mercado de trabalho), em 1992, elas recebiam R$ 255 e, em 2005, passaram a ganhar R$ 302. As brancas ganhavam R$ 357 e R$ 403, no mesmo período, enquanto os homens brancos recebiam R$ 561 e R$ 605 e os negros, R$ 306 e R$ 383.
Segundo a ministra Matilde Ribeiro, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, pesquisas como essa da OIT são importantes para pensar em estratégias de ação que reduzam as desigualdes. "Essa análise detalhada é muito importante, porque traz referências que os dados gerais das pesquisas não trazem", afirmou a ministra.
Matilde Ribeiro disse que existe uma tendência de as mulheres negras estudarem mais, mas ressaltou que, mesmo assim, elas permanecem recebendo salários menores. "As mulheres negras, ao longo de décadas, vêm conquistando uma ampliação da quantidade de anos de estudo, mas não estão recebendo maiores salários e se colocando em condições melhores no mercado", afirmou. A ministra defendeu a aplicação de políticas sociais tradicionais, como o Bolsa Família, em conjunto com políticas específiicas que promovam a igualdade racial.