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Brasília

Nadador Thiago Perereira acredita no recorde de medalhas em Pequim

Arquivo Geral

25/07/2007 0h00

O bom desempenho da seleção brasileira de natação nos Jogos Pan-americanos do Rio (27 medalhas) deixou a equipe motivada para a participação nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008. Recordista de medalhas de ouro na edição (seis), Thiago Pereira acredita que na China, a equipe masculina poderá dar a volta por cima depois do frustrante desempenho em Atenas-2004.

”Com certeza. Em Pequim, vamos ter grandes oportunidades. O Brasil pode até quebrar o recorde no número de medalhas”, disse. A melhor atuação nacional em Olimpíadas foi registrada nos Jogos de Atlanta-96, quando o país subiu três vezes no pódio. Desde os Jogos de Seul-88, o Brasil não ficava sem medalha na competição.

Da Grécia, porém, os brasileiros voltaram de mãos abanando. As mulheres foram o destaque chegando às finais de três provas com Flávia Delaroli nos 50m livre e Joanna Maranhão nos 400m medley e 4x200m livre. A pernambucana, aliás, quebrou um tabu de 56 anos sem que uma nadadora nacional participasse de duas finais na mesma edição olímpica.

Os rapazes fizeram apenas duas finais, uma com Gabriel Mangabeira (100m borboleta) e outra com o próprio Thiago (200m medley). Nos Jogos do Rio, o desempenho mais emblemático da natação foi obtido por César Cielo, que nos 50m livre encostou no recorde mundial do russo Alexander Popov (21s84 contra 21s64).

Thiago, que bateu quatro recordes sul-americanos no Pan, acredita que o sucesso em Pequim terá várias medalhas. “Não apenas comigo, mas também com os revezamentos, César e Kaio (Márcio)”. Cielo concorda. “Kaio e eu, com os tempos que fizemos aqui, seríamos medalha em Melbourne (no Campeonato Mundial realizado em março deste ano).

Na prova mais veloz da natação, o campeão de Melbourne, o norte-americano Benjamin Wildman-Tobriner, fez 21s88. Cielo marcou 22s18 na final australiana. O paulista também foi campeão nos 100m livre no Rio.

Aos 18 anos, em sua primeira participação olímpica, Thiago sentiu a pressão pelos resultados e enfrentou problemas de mal-estar físico antes das disputas. Mais maduro, em Pequim, edição para a qual já tem índice em seis provas, ele acredita que não terá os mesmos contratempos. “Vamos chegar brigando por medalhas”, promete, apostando também no sucesso das meninas da equipe.

”O feminino está chegando forte e na próxima olimpíada podemos ter a primeira medalha brasileira do feminino”. Rebeca Gusmão quebrou este tabu em Jogos Pan-americanos, vencendo nos 50m e nos 100m livre.

“A gente tem de dar um passo de cada vez. Em Atenas, fizemos mais finais que o masculino, mas no Mundial eles foram melhores que nós. A tendência é estar sempre em evolução”, completa a nadadora.

Confira o histórico de medalhas olímpicas da natação brasileira:

Sydney-2000
bronze – revezamento 4x100m livre – Carlos Jayme, Edvaldo Valério, Fernando Scherer (Xuxa), Gustavo Borges
Atlanta-96
prata – 200m livre – Gustavo Borges
bronze – 100m livre – Gustavo Borges
bronze – 50m livre – Fernando Scherer
Barcelona-92
prata – 100m livre – Gustavo Borges
Los Angeles-84
prata – 400m medley – Ricardo Prado
Moscou-80
bronze – 4×200 livre – Cyro Delgado, Djan Madruga, Jorge Fernandes, Marcus Mattioli
Roma-60
bronze – 100m livre – Manuel dos Santos Júnior
Helsinque-52
bronze – 1.500m livre – Tetsuo Okamoto




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