Ainda com espinhas no rosto, aparelhos nos dentes e jeito assustado, os 11 garotos titulares da seleção de futebol masculina enfrentam Honduras, às 15h, no Engenhão, com uma missão complicada: representar o Brasil Pan no esporte mais popular do País: o futebol. Carregam a esperança de milhões de torcedores, que há 20 anos sonham com uma medalha de ouro na modalidade: a última foi em 1987, quando Taffarel ainda era um garoto e os atuais jogadores da seleção nem tinham nascido.
A tarefa será ainda mais árdua porque os rapazes, todos nascidos em 1990, vão enfrentar seleções com atletas três anos mais velhos. O desafio de representar o Brasil era para ter sido entregue à seleção sub-20, mas a CBF decidiu privilegiar o Mundial. A primeira parte da estratégia deu errado: a seleção sub-20 perdeu três dos quatro jogos disputados no Mundial e foi eliminada pela Espanha na pior campanha da história.
A responsabilidade de evitar um fiasco ainda maior agora pesa sobre os ombros de Marcelo; Rafael, Lázaro, Forster e Fábio; Tiago, Fellipe, Alex e Lulinha; Maicon e Júnior, os titulares do técnico Lucho Nizzo. Mas, pelo menos no discurso, eles estão preparados. Todos se dizem acostumados com a pressão. Lulinha, artilheiro do último Sul-Americano da categoria e nome mais conhecido da seleção, faz parte do grupo principal do Corinthians. “Lá, a pressão é muito grande. A gente acaba acostumando”, revela.
A tranqüilidade é compartilhada pelos outros garotos. “Jogo no time de maior torcida do Brasil, se eu não me acostumar com a responsabilidade, não vou conseguir nada na carreira”, gaba-se o goleiro Marcelo, do Flamengo.
Seleção feminina
Com as voltas de Elaine e Marta, melhor jogadora do mundo em 2006 segundo a Fifa, a seleção brasileira feminina de futebol do Brasil goleou a Jamaica no Engenhão, ontem, por 5 x 0, pela segunda rodada. Atual campeã pan-americana, a trupe verde-amarela volta a jogar na próxima quarta-feira, contra o Equador. Katia Cilene fez dois gols. Daniela Alves, Marta e Cristiane, um cada.
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