Sem ganhar uma medalha desde Mar del Plata-2007, o levantamento de peso deveria enxergar nos Jogos Pan-americanos de 2007 sua grande chance de quebrar esse jejum de 12 anos. Entretanto, nem mesmo a grande equipe de 15 nomes e o fato de competir em casa criaram na modalidade a expectativa de conquistar uma medalha. Sem grande planejamento, a meta é mesmo a evolução nas marcas pessoais como mais uma etapa de preparação de jovens talentos para as próximas competições.
Tanto assim que, entre os oito representantes masculinos, duas promessas chamam a atenção da convocação do técnico Edmílson Dantas: Rafael Lima de Andrade, de 19 anos, que disputará a categoria até 85 kg; e Fernando Saraiva, de 17, que estará em ação na prova até 94 kg. Os dois acumulam resultados expressivos nas categorias de base e o treinador quer que ganhem experiência ao longo da próxima semana. Pódio, talvez em Guadalajara-2011.
“Expectativa de medalhas é difícil”, reconheceu Dantas, maior medalhista da história do levantamento de peso brasileiro, com cinco bronzes (inclusive o último, na Argentina). “Para consegui-las, precisamos de alguns fatores de sorte, como a desistência de outros competidores. Mas o importante é o legado para desenvolver a modalidade e agora temos as chances. Na minha época, tínhamos mais vontade porque não tínhamos muita estrutura. Hoje, os atletas têm mais motivação. As bases já estão feitas, e tudo isso vai ter resultado no próximo Pan”.
A equipe masculina demorou a ser decidida. Os nomes só foram divulgados no final de junho, após a realização de uma seletiva. Como não acha que é a forma mais justa de definição de uma equipe, o treinador do time masculino decidiu mesclar o resultado dessa etapa com o retrospecto dos levantadores ao longo dos últimos meses. O ideal, porém, seria uma definição com muita antecedência ao início dos Jogos.
“Colocar uma seletiva não é a forma mais justa, porque pode depender muito do momento do atleta no dia da prova”, analisou. “A escolha deveria ser feita cinco, seis meses antes, para que pudéssemos preparar a equipe e, aos poucos, tentar melhorá-la”, emendou Dantas. O técnico disse, no início do ano, que sua intenção era reunir um grupo grande para treinamentos no Clube Pinheiros, em São Paulo, para depois fechar a seleção do Pan. Entretanto, não contou com recursos para viabilizar seu projeto.
O Brasil terá oito representantes na disputa masculina, mas não distribuídos nas oito categorias do Pan. Isso porque as modalidades até 94 kg e até 105 kg terão dois levantadores nacionais na disputa. Não haverá brasileiros competindo nas categorias até 56 kg e nem na até 77 kg.
O único atleta com experiência masculina é Wellisson Silva, que entrará na prova até 69 kg. Ele havia disputado os Jogos de Santo Domingo-2003 na categoria até 62 kg, mas acabou ficando conhecido por um lance no mínimo incomum. Em sua terceira tentativa, ele errou o movimento na hora de levantar 117,5 kg e a barra caiu em sua nuca. Obviamente, foi eliminado da competição e levado ao hospital, mas nenhuma lesão grave foi detectada.
Feminino às escuras
Se entre os homens a expectativa de medalhas é pequena, na disputa feminina é ainda pior para as levantadoras nacionais. Há oito meses sem disputarem uma competição oficial, o Pan do Rio será a primeira disputa que as atletas nacionais terão na temporada.
A definição das sete convocadas do técnico romeno Dragus Stanica foi feita por meio do ranking nacional, e não de uma seletiva. A única semelhança em relação ao masculino é a ausência de competidoras em pelo menos uma categoria: na prova até 53 kg, apenas estrangeiras competirão. Em contrapartida, o país terá duas atletas em ação na disputa até 75 kg: Rosane Santos e Valdirene Laia. Valdirene, aliás, é a única levantadora brasileira que competiu na República do Dominicana que voltará a participar da edição do Pan quatro anos depois. Em Santo Domingo-2003, o país ainda teve Rafaela Sebastião na prova, mas a atleta já anunciou a aposentadoria.
O levantamento de peso brasileiro feminino nunca ganhou medalhas em Jogos Pan-americanos. Para o presidente da Confederação, David Montero Gómez, as chances no Rio-2007 são pequenas, e a meta é a evolução pessoal. “Esperamos um crescimento das atletas, que ainda são muito novas. Leva um certo tempo para que elas estejam preparadas, mas acredito que já poderemos pensar em medalhas para o próximo Pan”, projetou.
Forma de disputa
O levantamento de peso no Pan tem uma peculiaridade em relação às provas organizadas pela federação internacional da modalidade. Apenas aquele levantador que obtiver a melhor soma nos resultados do arranco (levantamento em movimento único) e do arremesso (em dois tempos) serão premiados. Nas competições oficiais, as três disputas valem medalha. Desta forma, 45 medalhas estarão em disputa, sendo 15 de cada material.
Tanto assim que, entre os oito representantes masculinos, duas promessas chamam a atenção da convocação do técnico Edmílson Dantas: Rafael Lima de Andrade, de 19 anos, que disputará a categoria até 85 kg; e Fernando Saraiva, de 17, que estará em ação na prova até 94 kg. Os dois acumulam resultados expressivos nas categorias de base e o treinador quer que ganhem experiência ao longo da próxima semana. Pódio, talvez em Guadalajara-2011.
“Expectativa de medalhas é difícil”, reconheceu Dantas, maior medalhista da história do levantamento de peso brasileiro, com cinco bronzes (inclusive o último, na Argentina). “Para consegui-las, precisamos de alguns fatores de sorte, como a desistência de outros competidores. Mas o importante é o legado para desenvolver a modalidade e agora temos as chances. Na minha época, tínhamos mais vontade porque não tínhamos muita estrutura. Hoje, os atletas têm mais motivação. As bases já estão feitas, e tudo isso vai ter resultado no próximo Pan”.
A equipe masculina demorou a ser decidida. Os nomes só foram divulgados no final de junho, após a realização de uma seletiva. Como não acha que é a forma mais justa de definição de uma equipe, o treinador do time masculino decidiu mesclar o resultado dessa etapa com o retrospecto dos levantadores ao longo dos últimos meses. O ideal, porém, seria uma definição com muita antecedência ao início dos Jogos.
“Colocar uma seletiva não é a forma mais justa, porque pode depender muito do momento do atleta no dia da prova”, analisou. “A escolha deveria ser feita cinco, seis meses antes, para que pudéssemos preparar a equipe e, aos poucos, tentar melhorá-la”, emendou Dantas. O técnico disse, no início do ano, que sua intenção era reunir um grupo grande para treinamentos no Clube Pinheiros, em São Paulo, para depois fechar a seleção do Pan. Entretanto, não contou com recursos para viabilizar seu projeto.
O Brasil terá oito representantes na disputa masculina, mas não distribuídos nas oito categorias do Pan. Isso porque as modalidades até 94 kg e até 105 kg terão dois levantadores nacionais na disputa. Não haverá brasileiros competindo nas categorias até 56 kg e nem na até 77 kg.
O único atleta com experiência masculina é Wellisson Silva, que entrará na prova até 69 kg. Ele havia disputado os Jogos de Santo Domingo-2003 na categoria até 62 kg, mas acabou ficando conhecido por um lance no mínimo incomum. Em sua terceira tentativa, ele errou o movimento na hora de levantar 117,5 kg e a barra caiu em sua nuca. Obviamente, foi eliminado da competição e levado ao hospital, mas nenhuma lesão grave foi detectada.
Feminino às escuras
Se entre os homens a expectativa de medalhas é pequena, na disputa feminina é ainda pior para as levantadoras nacionais. Há oito meses sem disputarem uma competição oficial, o Pan do Rio será a primeira disputa que as atletas nacionais terão na temporada.
A definição das sete convocadas do técnico romeno Dragus Stanica foi feita por meio do ranking nacional, e não de uma seletiva. A única semelhança em relação ao masculino é a ausência de competidoras em pelo menos uma categoria: na prova até 53 kg, apenas estrangeiras competirão. Em contrapartida, o país terá duas atletas em ação na disputa até 75 kg: Rosane Santos e Valdirene Laia. Valdirene, aliás, é a única levantadora brasileira que competiu na República do Dominicana que voltará a participar da edição do Pan quatro anos depois. Em Santo Domingo-2003, o país ainda teve Rafaela Sebastião na prova, mas a atleta já anunciou a aposentadoria.
O levantamento de peso brasileiro feminino nunca ganhou medalhas em Jogos Pan-americanos. Para o presidente da Confederação, David Montero Gómez, as chances no Rio-2007 são pequenas, e a meta é a evolução pessoal. “Esperamos um crescimento das atletas, que ainda são muito novas. Leva um certo tempo para que elas estejam preparadas, mas acredito que já poderemos pensar em medalhas para o próximo Pan”, projetou.
Forma de disputa
O levantamento de peso no Pan tem uma peculiaridade em relação às provas organizadas pela federação internacional da modalidade. Apenas aquele levantador que obtiver a melhor soma nos resultados do arranco (levantamento em movimento único) e do arremesso (em dois tempos) serão premiados. Nas competições oficiais, as três disputas valem medalha. Desta forma, 45 medalhas estarão em disputa, sendo 15 de cada material.