O Memorial dos Povos Indígenas, em Brasília, busca oferecer conhecimento das culturas indígenas existentes no território brasileiro. Por isso, do dia 21 de junho ao dia 10 de julho, o espaço cultural vai receber a Exposição Encontro de Culturas e Artes Indígenas.
A mostra vai contar com fotografias, pinturas, máscaras, artesanato, cerâmica e grafismo produzidos por artistas indígenas ou por artistas que lutam pelos direitos dessa população. Além da exposição, o MPI vai receber, no dia 21 de junho, às 10h30, um Canto Ritualístico Tukano, canto tradicional da etnia Tukano do Alto Rio-Negro (AM) que enaltece a cultura dos povos originários, agradecendo o Grande Espiríto e saudando o espaço da apresentação.
Já às 11h, o artista mexicano Biophillick irá realizar uma cerimônia com queima de sálvia para limpar energeticamente o Memorial e o público presente no local. E às 15h, Mirim Ju Yan Guarani irá fazer uma apresentação cultural como uma forma de agradecimento e conexão com os nossos ancestrais e com a Terra, entoando cânticos mbora’i porã, do povo Guarani.
Os artistas
Dentre os artistas da exposição, destaca-se Francisco Loeza ou Biophillick, indígena de origem mexicana e que reside no Brasil desde 2016. Com suas obras digitais e analógicas, Loeza busca resgatar a cultura e a espiritualidade ancestral dos povos mexicanos, incorporando conhecimentos da tolerância mexicana com linguagens contemporâneas.
Outra artista de destaque é Juliana Gomes, ou Jaguatirika. Moradora de Saquarema, Rio de Janeiro, a artista de 21 anos é neuro divergente e artista visual autodidata. Jaguatirika, além de militante da causa indígena, trabalha com pinturas a óleo, aquarela, muralismo e pintura digital, buscando usar a sua arte como manifestação espiritual e ferramenta de educação e denúncia, abordando assim questões sobre ancestralidade e luta anticolonial
A terceira artista é a fotógrafa Luana do Rego Medeiros, que irá apresentar sua primeira exposição individual: Brasil Terra Indígena. Radicada em Alto Paraíso de Goiás, Luana já realizou trabalhos no quais denunciava o impacto das mudanças climáticas, e tem buscado em seus novos trabalhos retratar as culturas e as práticas medicinais dos povos originários.
A quarta artista é Ekuná Kamayurá, conhecida como Thoyane, pertencente à etnia Kamayurpa e atualmente cursa Engenharia Florestal. Thoyane sempre teve interesse pelo meio artístico, despertado pelos pais. Em suas fotografias e grafismos é possível observar sua militância, mostrando que os indígenas podem estar em todos os espaços.
O quinto artista é Paulo Mateusz Vasconcelos Vianna, formado em Comunicação e que achou a sua forma de expressão no audiovisual. Na exposição do MPI apresenta estudos de composição em colagem servindo de conexão entre a espiritualidade e o patrimônio dos povos indígenas.
A última artista é Mariana Almada Viana, brasiliense e professora de Artes Visuais. Mariana já atuou no sistema Socioeducativo, nas áreas de Altas Habilidades, gestão de escolas públicas e formação pedagógica e em saúde mental na comunidade escolar. Em suas obras, a artista deixa aparente os movimentos que é ativista: educação para todos, movimento feminista e antirracista.
Serviço
Exposição Encontro de Culturas e Artes Indígenas – Memorial dos Povos Indígenas
Quando: 21 de junho a 10 de julho
Horário: das 9h às 17h
Onde: Memorial dos Povos Indígenas – Zona Cívico-Administrativa Em frente ao Memorial JK
Mais informações: Instagram (@memorialdospovosindigenas) e (61) 9 9250-5961