A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) concluiu com sucesso uma das maiores operações já realizadas no país contra o tráfico de drogas de alta tecnologia, resultando na condenação de todos os integrantes da organização criminosa conhecida como “Os Agrônomos da Erva”.
As penas somadas ultrapassam 180 anos de prisão, marcando um feito histórico no combate ao tráfico estruturado e profissionalizado.
A Operação Breeder, conduzida pela Coordenação de Repressão às Drogas (Cord), teve início nas primeiras horas do dia 27 de fevereiro de 2024, com o apoio de diversas delegacias e unidades especializadas. Foram cumpridos mandados de prisão e busca e apreensão em diferentes regiões do Distrito Federal e de outros estados.
As investigações apontaram que o grupo operava como uma verdadeira startup do crime, com estrutura empresarial, divisão de tarefas e faturamento mensal superior a R$ 2 milhões. O esquema envolvia plataformas digitais de venda, produtores cooperados e um sistema de lavagem de dinheiro sofisticado, que mascarava os lucros ilícitos sob a fachada de um “banco de sementes especializadas”.
Condenados e penas aplicadas:
- Renato Mendes Brasileiro – 44 anos, 6 meses e 10 dias de reclusão.
 Líder e mentor intelectual do grupo, responsável pela coordenação logística e financeira do esquema.
- Bruno Klyford Cirino de Souza Portes – 35 anos, 6 meses e 20 dias de reclusão.
 Atuava na área de cultivo indoor e na distribuição das sementes em território nacional.
- Gabriel Filgueira Alves Batista – 35 anos, 6 meses e 20 dias de reclusão.
 Responsável pelo setor de tecnologia e pelas plataformas digitais de venda.
- Lucas Lima Rodrigues – 35 anos, 6 meses e 20 dias de reclusão.
 Gerente de produção e manutenção das estufas de cultivo de maconha.
- Luís Henrique Lorentz Almeida – 35 anos, 6 meses e 20 dias de reclusão.
 Ligado à área de embalagens e comercialização das chamadas sementes “gourmetizadas”.
Durante as ações, foram apreendidas grandes quantidades de maconha, tanto já colhida quanto em estufas de cultivo indoor, além de equipamentos tecnológicos de ponta, como sistemas de refrigeração e iluminação, prensas, impressoras 3D, contadoras de sementes e máquinas de embalagem a vácuo.
Os policiais localizaram ainda milhares de sementes de maconha prontas para venda, embalagens personalizadas com logomarca própria do grupo, veículos de luxo, quantias em dinheiro e armas de fogo em residências de dois dos condenados.
Na sentença, a Justiça destacou que o grupo não apenas traficava drogas, mas dominava toda a cadeia produtiva, desde o cultivo até a comercialização final.
Diante da organização, sofisticação e periculosidade das ações, as penas severas foram consideradas proporcionais à gravidade dos crimes, totalizando mais de 180 anos de reclusão.
 
										 
									 
									 
									 
									 
									 
									 
                         
							 
							 
							 
							