A peso pesado Priscila Marques viveu um drama durante sua preparação para os Jogos Pan-americanos do Rio. Depois de começar a temporada com duas medalhas no circuito europeu, ela teve problemas de saúde, passou por uma cirurgia e enfrentou problemas de peso. Driblando todos estes obstáculos, ela conseguiu abrir a participação brasileira feminina na competição com uma medalha de bronze.
“O começo com duas medalhas foi motivador. Esta seria minha melhor fase por causa dos Jogos Olímpicos”, lembra, mas no retorno ao Brasil, começaram os problemas. “Passei por uma cirurgia e o fato de querer voltar rápido trouxe complicações”, reconhece.
As dificuldades aumentaram quando ela comprometeu seu outro joelho. “Ela lesionou o segundo joelho nos treinamentos porque tentava compensar e estava com sobrecarga. Ela estava muito pesada”, explica sua treinadora Rosicléia Campos.
A atleta, cujo peso normal é 116kg, chegou a 119kg nesta fase. “As pessoas pensam que os pesados não têm que se preocupar com isso, mas meu ponto forte é a agilidade e isto me compromete muito”, admite a lutadora.
Para se acertar com a balança teve que controlar a boca, no que foi auxiliada pela técnica Rose. “Ela só tinha direito a um pedacinho de chocolate para não ter crise de abstinência”, lembra a treinadora. O esforço deu resultado e para os combates de hoje ela pesou os 116kg tradicionais.
Mas Priscila quer mais, ou menos. “Perder mais 5 ou 6kg seria o ideal”, diz a judoca, que esta tarde enfrentou uma adversária com 140kg na decisão do bronze. “A faixa de peso é acima de 120kg”, explica a brasileira.
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