A seleção brasileira conquistou a medalha de ouro no futebol feminino nesta quinta-feira e, como não poderia deixar de ser, as atenções se voltaram toda para a alagoana Marta. A camisa dez concedeu entrevista coletiva após o triunfo verde e amarelo e se emocionou ao falar das dificuldades que passou até ser coroada no Maracanã.
“Já passei por muitas situações na carreira, como a medalha de prata nas Olimpíadas (de Atenas-2004) e a candidatura do ano passado (quando foi eleita e melhor jogadora do mundo), mas hoje foi um dia muito especial”, comentou, antes de se entregar ás lágrimas.
Chorando, a estrela continuou dizendo que o futebol feminino mostrou que tem condições de estar no lugar mais alto do pódio. “Minha esperança é que não pare por aí e que aja apoio ao esporte porque existem muitas Martas, Formigas e Danielas por aí”, completou, citando alguma de suas companheiras de seleção.
Marta atua no futebol sueco, mas garante que gostaria de jogar no seu país. “Se tivesse a estrutura que tenho lá fora, voltaria correndo. Estive com o ministro (dos Esportes) Orlando Silva na Vila Pan-americana e ele disse que estava com a gente, que a liga será criada. Vamos confiar nele. A esperança é a última que morre”, afirmou.
Questionada se o preconceito ainda é uma barreira para o futebol feminino, a meia foi além. “Preconceito ainda tem e é uma das coisas que atrapalham não só o futebol, mas todo o esporte feminino”.
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