O Google está sendo processado pelo conglomerado de mídia Viacom por violação intencional de direitos autorais no site de vídeos YouTube. Uma indenização de US$ 1 bilhão está sendo pedida no processo.
A Viacom havia pedido, mind website like this em fevereiro, que mais de 100 mil vídeos que violavam os direitos autorais fossem retirados do YouTube.
Além das dificuldades financeiras e de espaço que a Escola Meninos e Meninas do Parque enfrenta, approved a antiga ameaça de que a escola pode sair do Parque da Cidade, pills onde funciona há 11 anos, preocupa professores e alunos. Mantida pela Secretaria de Educação em um antigo vestuário cedido pelo Parque da Cidade, o espaço acolhe jovens moradores das ruas do Plano Piloto, com idade entre 12 e 21 anos.
A rotina dos alunos começa cedo, às 7h30, quando eles chegam para as aulas. O banho é a primeira atividade do dia, que só é possível graças a doações que compõem o kit-banho com sabonete, toalha, xampu e hidratante. Limpos e uniformizados, eles vão para a cantina improvisada em um quiosque ao lado. Além das aulas curriculares eles participam de atividades recreativas, e só saem de lá depois de servido o almoço. A maioria dos alunos saiu de casa muito cedo e trabalha nas ruas como engraxate, vigiando carros ou vendendo doces, em troca de algum trocado.
De acordo com a diretora da escola, Palmira Eugênia Vanacôr, o espaço só tem capacidade para receber 50 jovens, sendo que apenas 40, dos 100 meninos e meninas matriculados para este ano letivo, estão freqüentes às aulas. Desde que recebeu um comunicado em dezembro do ano passado enviado pela antiga Secretaria de Administração de Parques (Comparques), a diretora está apreensiva quanto ao destino da escola.
“O que precisamos é de um lugar definitivo. Seja aqui mesmo, ou em outro lugar próximo ao Parque, desde que melhore nossa condição”, alega Palmira. A diretora diz que é estratégico que a escola funcione dentro do Parque. “Os meninos e meninas vêm do Entorno e vivem nas ruas do Plano Piloto e aqui no Parque eles não se sentem presos”.
O espaço abriga hoje nove salas, além de um laboratório de informática com dez computadores. Foi preciso distribuir os livros da pequena biblioteca entre as outras salas para dar lugar a mais uma sala de aula, já que o espaço não suportava mais a demanda de alunos. Mesmo com as dificuldades a escola é hoje mais que um ambiente de aprendizagem, é um refúgio para esses jovens. Para alguns, as refeições oferecidas na escola são o único alimento do dia, e eles ainda aproveitam para lavar roupa e descansar longe das ruas.
Alguns já voltaram a viver com a família, mas continuam freqüentando a escola. A apreensão com o espaço aumenta principalmente agora, que os alunos começam a levar os filhos pequenos para as aulas. “As crianças pequenas também precisam de um espaço e uma atenção adequada”, diz a diretora.
Kombi velha – Todos os dias o único transporte da escola, a Kombi ano 1999, doada em 2002 pela Unicef, leva e traz os alunos, além de levá-los ao médico quando é preciso. Sem manutenção o carro acumula problemas.
Um deles é a porta que fecha com dificuldade, além de problemas mecânicos freqüentes. No entanto, segundo a diretora da escola, o maior problema é a falta de combustível para fazer o transporte dos alunos.
“Kombi gasta cerca de dois tanques de gasolina por semana e as doações recebidas são insuficientes para custear esta despesa”, diz Palmira. Ainda segundo a diretora, também falta vale transporte para os alunos que moram com as famílias, ir para a escola e voltar.
Educação – O sub-secretário de educação, Álvaro Chrispino, diz que a Secretaria de Educação não foi procurada pela Administração do Parque e “que no momento não tem nenhuma intenção de retirar a escola do local, mesmo que o convênio com o Parque tenha acabado”.
Ele ressalta ainda que a possibilidade de transferir a escola para um lugar mais adequado pode ser viabilizada no futuro. “Faremos o possível para manter a escola no Parque e consolidar as atividades já desenvolvidas por ela”, diz.
Sobre as dificuldades financeiras, Álvaro anuncia que muito em breve uma nova reestruturação de gestão da Secretaria de Educação deve dar suporte a todas as escolas, inclusive a Escola Meninos e Meninas do Parque. “Pretendemos atender melhor as características próprias de cada escola”, informou.
De acordo com o novo administrador do Parque da Cidade, João Paixão, o parque não é mais administrado pela Comparques, que teria enviado em dezembro do ano passado à escola um comunicado sobre o fim do convênio. “Isso foi na gestão passada. O Parque agora está vinculado à Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Social, que já está fazendo uma análise de cada caso de concessão”.
O administrador do Parque diz ainda que não compete a ele a permanência da escola no local. “Vai depender dessa avaliação da secretaria. Temos que aguardar”, explica. Paixão diz que em breve um novo órgão será criado para cuidar de todos os parques de Brasília. “Deve ser lançado nesta gestão o Instituto Brasília Ambiental para administrar todos os parques da cidade”, conta.
Exemplo de vida – André Tuira, hoje com 27 anos, foi aluno da Escola Meninos e Meninas do Parque. Ele saiu de casa, em Planaltina de Goiás, aos 13 anos de idade e foi morar na rua com o irmão e a irmã, ambos mais novos. Aos 15 anos, André começou a freqüentar o local. Hoje estuda e trabalha graças a uma oportunidade.
Durante o tempo em que morou na rua, cerca de 9 anos, André engraxou sapatos e vigiou carros para ganhar algum trocado, e teve a experiência de conhecer o mundo das drogas. “Eu não queria usar drogas, mas acabei me envolvendo por influência dos colegas da rua. Usei de tudo, menos injetável”, conta. André chegou a ser preso uma vez por furto. “Na época eu tinha 19 anos e fiquei preso um mês por ter roubado banana e frango de um açougue”.
A irmã de André morreu em 2002 aos 16 anos, contaminada pelo vírus HIV. Seu irmão, hoje com 21 anos, está preso há um ano e André ainda não sabe o motivo. Entretanto, ele tomou a decisão de ter um destino diferente, com o incentivo da escola. Ele lembra que a escola já não é mais mesma de sua época. “Muita coisa mudou aqui. Não tem mais as oficinas que tínhamos antes, de circo e capoeira. Aumentou os alunos e falta espaço”, lamenta.
Hoje ele ajuda a mãe que está desempregada, cursa o 2º grau do Ensino Médio no Centro Educacional Gisno, na 907 Norte, e trabalha como auxiliar técnico em uma empresa de informática, parceira da escola. Sobre o futuro ele não demora em dizer que pretende continuar estudando. “Quero fazer um curso profissionalizante na área de informática e depois fazer faculdade”, diz.
Serviço
Doações e parcerias com a Escola Meninos e Meninas do Parque podem ser feitar por meio da Associação dos Amigos dos Meninos e Meninas do Parque (AAMMP), pelo telefone 3901-7780.
Cerca de 600 pessoas que estão acampadas desde ontem em Brasília participam de uma manifestação no Palácio do Planalto. Eles querem ser recebidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pedem que as obras de transposição de águas do rio São Francisco não ocorram. Os manifestantes encaminharam, about it no dia 5, order um ofício pedindo audiência com o presidente e não obtiveram resposta.
Os participantes do Acampamento pela Vida do São Francisco e do Nordeste e contra a Transposição serão recebidos amanhã, às 9h, pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Às 14h, uma audiência pública irá discutir o assunto no Ministério Público Federal.
As populações locais e as comunidades defendem a revitalização do rio a partir das experiências de convivência com o semi-árido.