Os jogos de volta das semifinais da Copa do Brasil, nesta quarta-feira, poderão definir se o G-6 do Brasileiro irá transformar-se em G-7, ou não.
O colunista explica: o Brasileiro destina seis vagas para a Libertadores do próximo ano.
Quatro delas são diretas para a fase de grupos. As outras duas, para a pré-Libertadores.
Só que, entre os quatro semifinalistas da Copa do Brasil, dois (Palmeiras, vice-líder; e Flamengo, quarto colocado) já estão no G-4.
Logo, se os dois forem às finais, o G-4 de hoje já vira de pronto G-5 e o G-6 se transforma em G-7.
O mais curioso é que, neste caso, o Cruzeiro é o beneficiado (neste momento), por estar em sétimo lugar.
Ou seja: para a Raposa, ir à final e conquistar o título é ótimo; mas ficar por ali, rondando, também não é dos piores resultados.
Lembrando que o mesmo Cruzeiro, o Grêmio e o Palmeiras ainda lutam na Libertadores, o que pode levar o G-4 (ou G-5) a virar G-6 e o G-6 (ou G-7) transformar-se em G-8.
Neste caso, o lucro, até agora, será do Corinthians.
Em alta
O Palmeiras está em alta.
Já alcançou a vice-liderança do Brasileiro, um ponto atrás do São Paulo, e, de quebra, ainda luta pelos títulos da Copa do Brasil (pelo menos até esta quarta-feira) e da Libertadores.
O Grêmio também está em alta.
Foi eliminado das semifinais da Copa do Brasil, mas está muito bem, obrigado, na Libertadores e vem subindo no Brasileiro – se tivesse jogado mais vezes com os titulares, estaria lutando pelo título?
O que há em comum entre ambos?
O colunista arrisca falar em dois aspectos.
Elencos diversificados, que permitem “times alternativos” de qualidade e treinadores que sabem mobilizar os jogadores.
No Verdão, temos Luiz Felipe Scolari.
No Imortal, Renato Portaluppi.
Entre eles uma boa diferença de idade e, principalmente, de experiência.
Felipão já dirigiu o Brasil em dois Mundiais.
Renato não nega o desejo de chegar à frente da seleção em uma Copa do Mundo.
Neste momento, os dois mantêm seus times em alta.
Felipão fala na possibilidade de lutar por quatro títulos na temporada (além dos três citados, há o Mundial, em dezembro).
Renato, muito mais falastrão, contem-se e fala em bisar a Libertadores – e continua querendo uma estátua no Olímpico.
Em baixa
O São Paulo caiu, muito, de rendimento neste segundo turno do Brasileiro.
Vê sua distância para os rivais diminuir. Mantém, porém, a liderança.
Será que isso basta? Ainda faltam tantas rodadas…
O Internacional caiu, também.
Perdeu pelo menos duas rodadas de chances de assumir a ponta e disparar, ou pelo menos conseguir uma vantagem que lhe proporcionasse tranquilidade.
Mesmo assim, o atual terceiro lugar, não é nada mau para um time que voltou nesta temporada da Série B e muitos apontavam como um dos que brigaria para não cair.
O Flamengo caiu. Melhorou, deu outra quedinha e agora parece estabilizado.
Mesmo assim, no “total”, caiu.
Tanto que ficou dez rodadas em primeiro lugar, chegando a sete pontos de vantagem sobre o vice-líder, e agora é apenas o quarto colocado.
Está na luta pelo título, sem dúvida alguma, mas a queda pós-Copa comprometeu uma caminhada que parecia tranquila.
Para piorar, seu presidente, candidato à deputado, resolveu colocar na conta da arbitragem uma possível eliminação na Copa do Brasil.
Logo o Flamengo, que ao lado do Timão sempre foi dos mais beneficiados pelo apito amigo…