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Brasília

Mãe e filha são presas por aplicar golpes de R$ 500 mil em produtores rurais no DF

Dupla se passava por compradora de terras e cobrava falsas taxas de georreferenciamento e remessa internacional

João Victor Rodrigues

14/10/2025 9h51

Foto: PCDF

Policiais civis da 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia) prenderam duas mulheres — mãe e filha — suspeitas de aplicar golpes em pequenos proprietários rurais no Distrito Federal. A prisão preventiva foi realizada na tarde de segunda-feira (13), em Ceilândia, e, segundo a investigação, as suspeitas causaram prejuízo total de R$ 500 mil às vítimas.

De acordo com a Polícia Civil, a dupla se especializou em enganar vendedores de terras rurais, fingindo-se de compradoras interessadas nos imóveis. Após firmar o suposto negócio, elas inventavam despesas relacionadas ao georreferenciamento da área e à entrada de dinheiro no país, alegando que o pagamento viria de uma conta na Suíça, mais precisamente em Zurique.

Como condição para a liberação dos valores, as golpistas exigiam que os proprietários arcassem com as falsas taxas, mas, depois de receber o dinheiro, cancelavam o negócio e não devolviam os valores pagos. Para manter as vítimas tranquilas e evitar denúncias, emitiam cheques sem fundos e assinavam confissões de dívida que jamais eram cumpridas.

Entre maio de 2024 e abril de 2025, as mulheres fizeram três vítimas em Brazlândia, duas em Vicente Pires e uma em Ceilândia, totalizando R$ 500 mil em prejuízo. Um único produtor rural de Brazlândia perdeu R$ 320 mil no golpe. Outros três casos semelhantes ainda estão sob investigação.

As duas suspeitas já haviam sido presas em julho de 2025, mas obtiveram liberdade poucos dias depois. Uma delas, inclusive, possui condenação de 2019 por estelionato e falsidade ideológica, também em Ceilândia.

A nova prisão foi decretada após o oferecimento de denúncia pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e a descoberta de novas vítimas.

Em decisão judicial, o juiz da Vara Criminal e Tribunal do Júri de Brazlândia destacou a alta periculosidade social da dupla, observando que há pelo menos oito ocorrências policiais relacionadas às mesmas pessoas e com modus operandi idêntico.

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