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Brasília

Irregularidades no sistema de bilhetagem e diminuição dos veículos prejudicam os brasilienses

Arquivo Geral

19/11/2018 7h00

DFTrans/Divulgação

Rafaella Panceri
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A realidade de quem anda de ônibus no DF é crítica. Com uma redução progressiva do número de linhas — de 923 em 2015 para 833 em 2018 —, o sistema do DFTrans se auto intitula mais otimizado ao fim deste governo e justifica a redução com o argumento de que linhas sobrepostas foram retiradas e a integração acabou inserida como benefício.

E não é só isso. O DFTrans diz que o sistema integrado está previsto na legislação e foi levado em conta para fazer a licitação que renovou a frota de ônibus em todo DF. Existe em praticamente todas as cidades de médio e grande porte do País e permite otimizar os recursos empregados. A ampliação da integração propõe sempre ofertar opções extras e otimizar o tempo do passageiro.

A solução é vista pelo pesquisador em mobilidade da Universidade de Brasília (UnB), Carlos Penna Brescianini, como prejudicial aos passageiros. “Quando a empresa fecha linhas de ônibus, atrapalha a vida de milhares de pessoas”, critica o pesquisador.

Carlos Penna Brescianini questiona também o sistema de bilhetagem automática. “É caótico. Antes de mais nada, é preciso unificar com o metrô e, com controle estatal, oferecer transparência para a sociedade e órgãos de fiscalização. Do jeito que está, supervisionado pelas empresas, é prejudicial e faz o passageiro perder dinheiro. O sistema é fraudável”, acrescenta, ao se referir a diversas operações da Polícia Civil que identificaram irregularidades dentro do DFTrans, responsáveis por prejuízos da ordem de milhões de reais aos cofres públicos.

Uma das novidades da atual gestão foi a implementação da biometria facial. A solução foi lançada em setembro de 2017 e começou a ser testada em maio do mesmo ano. Desde então, o GDF suspendeu cerca de 25 mil cartões por irregularidades e, atualmente, toda a frota de ônibus conta com o sistema.

A empresa afirma fazer ajustes constantes na operação para trazer mais agilidade nas viagens aos usuários e destaca que a implantação de qualquer serviço de transporte coletivo é precedido da análise de viabilidade para dimensionar a quantidade de viagens e o número de ônibus necessários para atender à população.

Entre os projetos iniciados e que estão em fase de conclusão, a construção de pontos de ônibus merece destaque. De acordo com GDF, 350 novas paradas devem ser entregues à população até 31 de dezembro.

Além das 4,7 mil existentes, 2,9 mil já possuem abrigos. O DFTrans fez licitação de 500 novos abrigos. Desses, 350 devem ser entregues. Do total, 180 já foram concluídos, 33 estão em fase final, 57 iniciados, 49 distribuídos para as regiões administrativas e 31 já estão nos locais.

Leia Mais: Mobilidade urbana está longe do ideal no Distrito Federal

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A Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão diz que investiu R$ 462 milhões em mobilidade urbana em 2015. Em 2016, foram empenhados R$ 373 milhões. Em 2017, o valor foi de R$ 456 milhões e, em 2018, o valor executado até o início de novembro foi de R$ 412 milhões. Os valores incluem infraestrutura urbana, serviços urbanos, transporte coletivo, rodoviário e ferroviário para todo o DF.

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