Uma visita-surpresa realizada pelo superintendente regional do Instituto de Patrimônio Histórico Nacional (Iphan), Carlos Fernando de Andrade, pôs fim a suspeita de que o embargo às obras na Marina da Glória estivesse sendo desrespeitado. Segunda-feira, Andrade havia ventilado a possibilidade de recorrer à ajuda da Polícia Federal (PF) para interromper o que estivesse sendo feito após receber uma denúncia. Segundo a assessoria de imprensa da entidade, a verificação foi realizada na manhã desta terça-feira e ficou constatada a paralisação das intervenções.
A Marina da Glória tornou-se uma das sedes mais problemáticas para os Jogos Pan-americanos do Rio,
O Iphan alegou que a instalação seria equivalente a um prédio de quatro andares e comprometeria a visibilidade de vários pontos turísticos. Como a Marina está na área do Aterro do Flamengo, tombada pelo Patrimônio Histórico, qualquer intervenção precisa ser autorizada antes de realizada.
Remo – Menos problemáticas, mas igualmente paralisadas, estão as obras no Estádio de Remo, na Lagoa Rodrigo de Freitas. De acordo com o Iphan, estava prevista para esta terça-feira a entrega do restante do projeto arquitetônico a ser analisado. Contudo, os responsáveis cancelaram o encontro.
Segundo a assessoria da Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop), toda documentação solicitada que era de sua responsabilidade (referente ao bloco 2) foi entregue semana passada. A documentação que falta diz respeito às intervenções sob responsabilidade da concessionária Glen Entertainment, que assumiu o compromisso de realizar a entrega até esta quinta-feira. “Não adiantaria fazer uma reunião sem estar com a documentação completa”.