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Incêndio Parque Nacional de Brasília e brigadistas do ICMBio monitoram área

“Esta etapa garante que os focos que estejam na turfa (a camada orgânica do solo que forma o chamado fogo subterrâneo) sejam eliminados e que o incêndio não volte”, informa a chefe do Parque Nacional de Brasília

Redação Jornal de Brasília

20/09/2024 9h47

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Foto: Camila Saldanha/ICMBio

O incêndio que atingiu o Parque Nacional de Brasília desde o último domingo (15) já está controlado e atualmente os brigadistas do Instituto Chico Mendes estão na fase de monitoramento e vigilância. A área atingida pelo incêndio está em 1.473 hectares.

Esta fase do combate precede a extinção. É quando os combatentes concluem o resfriamento da área e extinguem pontos quentes, ou seja, áreas localizadas que ainda possuem fumaça. “Esta etapa garante que os focos que estejam na turfa (a camada orgânica do solo que forma o chamado fogo subterrâneo) sejam eliminados e que o incêndio não volte”, informa a chefe do Parque Nacional de Brasília e comandante do incidente, Larissa Diehl. Segundo Larissa, o incêndio só será declarado extinto quando não houver mais nenhum ponto de fumaça.

Ontem (18), brigadistas do ICMBio e militares do CBMDF combateram um incêndio que se iniciou próximo ao setor Morada do Sol e ameaçava a Reserva Biológica da Contagem. O fogo foi controlado com o auxílio de áreas de queimas prescritas, medidas de prevenção adotadas pelo ICMBio no primeiro semestre do ano, e que foram efetivas para evitar a expansão das chamas.

A operação é coordenada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama/ PrevFogo) e Instituto Brasília Ambiental (Ibram).

Até a extinção do incêndio, o Parque estará fechado.

Fiscalização

Para coibir a ocorrência de novos incêndios, o Parque Nacional intensificou a fiscalização dentro e fora do Parque. Causar incêndios florestais é crime ambiental e, no caso de unidades de conservação, o infrator pode ser autuado e ser penalizado em 5 mil reais por hectare.
Animais resgatados

O ICMBio, em parceria com o Zoológico de Brasília está monitorando as áreas queimadas para atender possíveis casos de animais afetados pelo incêndio.

Até o momento, uma anta foi resgatada com as patas queimadas. O macho jovem, de 73kg, foi levado ao Zoológico de Brasília, onde foi medicado e está em repouso.

O outro caso de animal resgatado foi de um filhote de anta, uma fêmea com 15kg. Porém, este animal não tinha sido afetado pelo fogo, mas apresentava graves lesões causadas por cachorros que invadem o Parque Nacional. O filhote foi levado ao Hospital Veterinário do HUB em estado crítico com vários machucados e suspeita de pneumonia. Seu quadro de saúde evoluiu, mas ainda necessita de atenção.

Não foram avistados casos de animais com baixo peso ou desidratados por conta do fogo. Por este motivo, o Parque não está recolhendo donativos de alimentos para a fauna.

Com informações do ICMBio

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