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Brasília

Ibaneis Rocha defende união de esforços entre governos no combate ao crime organizado no Rio de Janeiro

Governador do DF oferece estrutura de inteligência e perícia da Polícia Civil ao governo fluminense e pede ação conjunta com a União no controle das fronteiras

Redação Jornal de Brasília

30/10/2025 14h30

Foto: Renato Alves/Agência Brasília

Foto: Renato Alves/Agência Brasília

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, defendeu nesta quinta-feira (30) a união entre os governos estaduais e o federal no combate ao crime organizado no Rio de Janeiro. O chefe do Executivo distrital colocou à disposição do governo fluminense a estrutura de inteligência e perícia da Polícia Civil do DF, mas ressaltou que a realidade das forças de segurança do Rio é diferente da de Brasília.

“Colocamos à disposição a nossa estrutura, mas acredito que o governo do Rio não aceitará o envio de policiais, porque o combate ao crime organizado nas favelas tem uma dinâmica totalmente diferente da de Brasília”, afirmou. “Nós temos uma Polícia Civil extremamente equipada na parte de inteligência e perícia, e isso colocamos à disposição do governo do Rio.”

Enquanto Ibaneis cumpre agenda em Brasília, a vice-governadora Celina Leão representa o Distrito Federal em reunião no Rio de Janeiro com o governador Cláudio Castro e outros chefes de Executivos estaduais para discutir estratégias de enfrentamento à violência.

O governador destacou que a crise de segurança pública no Rio é antiga e precisa ser tratada de forma conjunta e sem viés político. “O Rio vive uma situação complicada há pelo menos 50 anos, e agora chegou ao ápice. O momento não é de tentar culpar o governador Cláudio Castro, mas de unir forças — governo federal e governos estaduais —, porque o crime não fica restrito ao Rio. Quando é pressionado lá, se espalha para outras localidades”, declarou.

Ibaneis também ressaltou o papel do governo federal no controle das fronteiras, portos e aeroportos, medida essencial para impedir a entrada de drogas e armamentos no país. “O Brasil não produz drogas nem armas. Tudo vem de fora. Precisamos reforçar o controle de fronteiras, e isso é tarefa da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, que fazem um trabalho admirável, mas que precisa ser ampliado”, afirmou.

Para o governador, o enfrentamento ao crime deve ser tratado como uma política de Estado. “Temos que estruturar uma polícia de fronteira, o que não é fácil num país continental como o nosso, mas é necessário encarar isso com seriedade. Se não enfrentarmos o problema, colocaremos em risco a nossa população, que é pacífica, e, em especial, nossos jovens”, concluiu.

Com informações da Agência Brasília

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