Menu
Brasília

Ibaneis Rocha afirma que o DF seguirá sem restrições

Apesar do aumento da taxa de transmissão, as atividades na capital da República seguem “sem restrições”

Redação Jornal de Brasília

14/10/2021 6h44

Elisa Costa
[email protected]

Questionado a respeito da pandemia da Covid-19 (coronavírus) no Distrito Federal, nessa quarta-feira (13), o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) declarou ao JBr que o GDF não prevê novas restrições. Mesmo com o aumento da taxa de transmissão da Covid-19 em âmbito local, o índice nacional do Brasil é o menor registrado desde abril de 2020. Segundo o monitoramento do Imperial College de Londres (Inglaterra), a taxa está em 0,6. A instituição monitora a situação da pandemia em 75 países e o índice brasileiro é o 6º menor entre as outras nações.

Ainda assim, os dados locais não tranquilizam as autoridades, já que a taxa no DF está há mais de 10 dias acima de 1. No feriado de Dia das Crianças (12), a taxa de transmissão local chegou a 1,08. O cálculo da taxa R(t) é feito para medir a velocidade com que o vírus se espalha, de acordo com a data de início dos sintomas. Todo índice acima de 1 indica que 100 pessoas infectadas podem transmitir o vírus a outras 100.

Questionada sobre a situação, a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) declarou que desde o início da pandemia tem adotado medidas que abrangem a abertura de novos leitos de UTI e aumento da força de trabalho para o atendimento na rede pública: “Nos momentos mais críticos da pandemia a pasta fortaleceu a parte assistencial, de forma que as unidades tivessem sua capacidade de atendimento potencializada. Com a diminuição de casos e início da vacinação, foi possível a desmobilização de leitos de UTI e direcionamento desses leitos para hospitais de Campanha”.

De acordo com o Boletim Epidemiológico de Vigilância à Saúde, a média móvel de casos confirmados está em alta, com variação acima de 15%. Já a média móvel de óbitos se mantém estável, abaixo de 15%. O recorde de transmissão da Covid-19 na capital federal ocorreu em 9 de março deste ano, quando chegou a 1,38 e o Governo do Distrito Federal (GDF) decidiu fechar novamente o comércio e serviços não essenciais, sendo este o segundo lockdown em Brasília.

Com a queda dos números ao longo dos meses, os comerciantes voltaram às atividades de forma gradual e o toque de recolher foi descartado. Assim, com a maior circulação de pessoas nas ruas, maior a chance de transmissão. O chefe do Executivo local, Ibaneis Rocha, já havia comentado anteriormente que não trabalha com a possibilidade de novos decretos restritivos, mas pretende intensificar as campanhas de vacinação. O governador também destacou que o uso de máscara será obrigatório até que 70% da população seja totalmente imunizada.

A SES-DF também comentou, que com o apoio do GDF, a pasta visa o fortalecimento da comunicação, em função da cobertura vacinal e em especial, da segunda dose. A secretaria pediu em nota, que a população se mantenha atenta quanto à manutenção das medidas protetivas e sanitárias, além da importância da vacinação e o uso de máscara e álcool em gel. “A Secretaria de Saúde está preparando internamente a rede hospitalar para eventual necessidade e aumento nas internações em decorrência da Covid-19”, finalizou a pasta com relação a possíveis ações para contenção do vírus e atendimento aos pacientes.

Professores se preocupam

Enquanto isso, o Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) afirmou preocupação com relação ao retorno das aulas presenciais. “Todas e todos sabemos que as escolas são espaços que potencializam a transmissão, pelo elevado número de pessoas que ali circulam e pela própria natureza da atividade, que envolve o contato entre as pessoas”, destacou a instituição, através das redes sociais.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado