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Brasília

Homem é condenado a mais de 67 anos por feminicídio e tentativa de homicídio no Gama

Crime brutal ocorreu em via pública e deixou criança e idosa entre as vítimas

Redação Jornal de Brasília

25/09/2025 22h12

feminicidios

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

O Tribunal do Júri do Gama condenou, nesta semana, Wallison Felipe de Oliveira a 67 anos, seis meses e 14 dias de prisão em regime fechado. Ele atropelou e matou a ex-companheira em 20 de agosto de 2024 e também feriu gravemente a filha dela, de apenas cinco anos, e a mãe da vítima, uma idosa. Além da pena de reclusão, a Justiça determinou que o condenado indenize financeiramente as sobreviventes e as filhas da vítima fatal.

Segundo a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), o ataque teve motivação torpe e foi praticado com extrema violência, em pleno espaço público e diante de testemunhas. A acusação sustentou ainda que o crime se enquadra como feminicídio, agravado por ter sido cometido contra uma mulher em contexto de violência doméstica e na frente de familiares. O uso de um carro como arma também foi considerado fator que impossibilitou a defesa das vítimas.

Durante o julgamento, a juíza que presidiu a sessão ressaltou que a ação expôs não apenas as vítimas diretas, mas toda a comunidade presente no local. Para ela, a forma como o crime foi cometido “é capaz de fomentar repugnância, medo e insegurança na população”. A magistrada destacou também a ousadia do réu, que escolheu um ambiente de grande circulação de pessoas para cometer os atos violentos.

Na decisão, a Justiça reconheceu ainda o direito à reparação por danos morais. Cada uma das vítimas sobreviventes, além das filhas da vítima fatal, receberá R$ 50 mil. A quantia busca compensar o sofrimento e as sequelas deixadas pelo episódio.

Wallison, que já se encontrava preso durante o processo, deverá começar imediatamente a cumprir a pena. Não terá, portanto, a possibilidade de recorrer em liberdade. O caso reforça a gravidade da violência de gênero no país e reacende o debate sobre medidas urgentes de proteção às mulheres em situação de risco.

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