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Brasília

HBDF realiza o dobro de mamografias no Outubro Rosa em relação a 2018

Até esta terça-feira (29), foram realizadas 449 mamografias na unidade de saúde. No mesmo período em 2018, apenas 206 pacientes passaram pelo procedimento

Aline Rocha

29/10/2019 15h59

Da Redação
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Com o mês da conscientização sobre o câncer de mama chegando ao fim, o Outubro Rosa, foi feito um balanço positivo no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). A quantidade de mamografias feitas mais que dobrou com relação ao mesmo período de 2018. 

Além disso, em outubro, iniciaram os exames de estereotaxia na unidade. As informações são da empresa Diagnose, que presta serviços de diagnóstico ao Iges-DF, gestor do HBDF. 

Entre 1º de outubro e esta terça-feira (29), foram realizadas 449 mamografias na unidade de saúde. No mesmo período em 2018, apenas 206 pacientes passaram pelo procedimento, o equivalente a um aumento de 118%. 

Além disso, a fila para a mamografia no Distrito Federal está zerada. Dessa maneira, mulheres que querem fazer o exame podem ser atendidas até mesmo no dia da marcação. Atualmente, o prazo máximo de espera, após a solicitação médica, é de cerca de 48 horas. 

“Acredito que esse aumento se deve a uma maior circulação de informações sobre a importância da prevenção ao câncer de mama. Com essa doença, quanto antes, melhor. De toda forma, a mulher de modo geral está de parabéns por essa maior consciência quanto ao próprio corpo”, comentou o médico-radiologista, especializado em radiologia mamária, Pedro Felipe Coelho Alvarenga, coordenador de imagem da mama da Diagnose no Hospital de Base. “Além disso, no que diz respeito à mamografia, tomografia e radiologia, o trabalho hoje realizado na radiologia, bem como a estrutura, permitem um maior acesso à rede pública. As pessoas têm procurado o hospital por acreditar no Estado como parceiro”, completou.

O especialista alerta ainda para o autoexame. “É fundamental que a mulher conheça o próprio corpo. Não somente como prevenção, mas como conscientização de si mesma, para saber que deve procurar atendimento quando perceber algum tipo de alteração”, enfatiza.

Foi o que aconteceu com a maranhense Delita Bispo da Silva, de 45 anos. Moradora em Brasília desde 2001, durante a realização do autoexame em setembro de 2016, ela sentiu um caroço na mama. Ela relata que no dia seguinte buscou um médico. Após uma bateria de exames, ela iniciou seu tratamento em janeiro de 2017. A cirurgia ocorreu em julho do mesmo ano. “Fui rapidamente atendida”, comemora.

Da dor inicial, nasceu uma relação de parceria. “A gente tem que seguir com a vida, e eu nunca deixei a peteca cair. Hoje sou voluntária da rede feminina no HBDF, onde vou todas as segundas-feiras levar meus bolos e solidariedade”, conta a mãe de dois filhos e avó de quatro netos, com mais um chegando em breve.

“A mulher não pode ter medo de esconder. Ela tem que conversar, orientar, e principalmente fazer exames, se conhecer. A mulher tem que se cuidar. Eu tive um câncer e não tenho vergonha disso”, enfatiza Delita.

Estereotaxia

Outra conquista para a moradora do Distrito Federal no que diz respeito ao diagnóstico preciso do câncer de mama é o início dos procedimentos de estereotaxia no Hospital de Base de Brasília.

O exame é um valioso complemento à mamografia na detecção do de câncer de mama, e é realizado quando o médico observa necessidade de confirmação de suspeita. O procedimento é realizado por meio de coleta de material, que é feita no próprio mamógrafo. Depois, o material recolhido é submetido a análise laboratorial. Essa fase leva cerca de uma semana.

Outros casos em que a estereotaxia é bastante demandada são os procedimentos de mastologia, quando há a necessidade da retirada das mamas.

Sobre a Diagnose

A empresa Diagnose iniciou as atividades no DF em julho de 2018, no então Instituto Hospital de Base do Distrito Federal. Ela presta apoio ao Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal, realizando exames de imagem e radiologia. Desde julho deste ano, a Diagnose está presente também no Hospital Regional de Santa Maria e nas seis Upas de Brasília (Ceilândia, Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, Samambaia, São Sebastião e Sobradinho).

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