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Brasília

GDF tem contas de 2024 aprovadas pelo Tribunal de Contas

Relatório aponta crescimento da arrecadação, cumprimento dos limites constitucionais e avanços em educação, saúde e desenvolvimento territorial, mas alerta para renúncias fiscais e necessidade de modernização de processos

Redação Jornal de Brasília

26/11/2025 15h59

Foto: Divulgação/TCDF

Foto: Divulgação/TCDF

O Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) considerou aptas a aprovação pela Câmara Legislativa (CLDF) as contas do Governo do Distrito Federal (GDF) referentes ao exercício de 2024. O relatório mostra que o DF avançou em diversas áreas, cumpriu os limites constitucionais de aplicação de recursos em educação e saúde e manteve despesas com pessoal e dívida em patamares abaixo dos limites legais.

O GDF registrou aumento de 4,9% na arrecadação, encerrando 2024 com R$ 63,1 bilhões. As despesas, porém, subiram 12%, influenciadas por novas contratações e aposentadorias, totalizando mais de R$ 36 bilhões. Apesar disso, os saldos acumulados de exercícios anteriores permitiram o cumprimento de todos os compromissos financeiros. O relatório, relatado pela conselheira Anilcéia Machado, inclui algumas ressalvas e recomenda medidas corretivas, como a redução de despesas emergenciais sem cobertura contratual.

O TCDF destacou a sustentabilidade fiscal positiva, com arrecadação de cerca de R$ 22 bilhões em impostos e taxas, R$ 2,8 bilhões a mais que em 2023. Contudo, foram apontadas ressalvas quanto às renúncias fiscais, que atingiram quase R$ 10 bilhões, recomendando aprimoramento na medição do impacto dessas desonerações.

Entre os avanços apontados estão a ampliação de áreas regularizadas, crescimento das ciclovias e aumento de eventos culturais. No entanto, o tribunal recomenda modernização dos processos de regularização fundiária, redução do déficit habitacional e fortalecimento do transporte público.

No desenvolvimento econômico, o relatório valoriza a atração de investimentos e a redução do tempo de abertura de empresas, mas alerta para atenção aos fundos de pesquisa, cultura e direitos da criança, já que 20 dos 37 fundos aplicaram menos da metade do orçamento previsto.

O documento também identifica desafios na gestão pública, como superestimativa de receitas e despesas de capital, abertura excessiva de créditos adicionais e ampliação do déficit orçamentário. A dívida ativa acumulada em 2024 alcançou R$ 44,1 bilhões, equivalente a 43,8% do patrimônio, e há distorções na avaliação de imóveis de pelo menos R$ 106,3 bilhões. Para enfrentar essa defasagem, a Secretaria de Economia (Seec-DF) iniciou o 1º Censo Imobiliário, visando levantar dados atualizados e detalhados de todos os imóveis do Distrito Federal.

Com informações do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF)

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