A Estrutural vive uma nova fase de urbanização, com pavimentação de ruas em solo exposto e recuperação de trechos desgastados pelo tempo. O trabalho inclui também a pintura das fachadas das casas com cores escolhidas pelos próprios moradores, utilizando materiais doados por órgãos públicos e parceiros privados, além de mão de obra de programas sociais do Governo do Distrito Federal (GDF). Os insumos estão armazenados na Vila Olímpica e serão aplicados conforme o avanço da rede de água nos trechos prioritários.
O motorista escolar José Pereira da Silva, 50 anos, recorda os desafios antes da pavimentação: “Tinha que colocar sacola no pé para ir trabalhar. Muito buraco, muita lama. Agora não. Agora já sai e já pisa no bloquete”. Ele também se surpreendeu ao encontrar sua fachada pintada: “Quando cheguei, o portão já estava pintado. Deu uma diferença na rua. Ficou melhor do que estava. O governo faz a parte dele. Agora basta a população fazer a dela: cuidar. É dinheiro público”.
O aposentado Francisco Pereira, 70 anos, que vive na Estrutural desde antes da chegada da rede de água, pavimento e endereços formais, destaca a transformação: “Nós vivíamos no meio de poeira ou lama. Entrava governo, saía governo e nada fazia. Agora ficou bonito. Tem asfalto, tem água. Hoje tenho orgulho”.
A urbanização envolve diversos órgãos do GDF, como Novacap, Secretaria de Governo (Segov-DF), Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF) e Fábrica Social, que fornecem materiais, logística, mão de obra e apoio técnico. Empresas parceiras doam tintas e insumos para a pintura das fachadas. O administrador regional da Estrutural, Alceu Prestes, reforça a importância da colaboração: “Por quase 30 anos, as pessoas viveram sem água legal, sem endereço e na lama; hoje, têm rede instalada, pavimentação, e estamos pintando as fachadas para deixar a cidade mais bonita. Cada entidade doou alguma coisa: bloquetes, cimento, meio-fio, tinta, mão de obra. O importante é entregar dignidade a quem sempre mereceu atenção”.
As vias são pavimentadas apenas após a instalação da rede de água, por meio do programa Água Legal, que cadastra as famílias antes da obra, evitando a quebra do piso recém-instalado. Os próximos trechos incluem o Setor Oeste, a Chácara do Suzano e a Área Especial.
O uso de bloquetes foi escolhido pela durabilidade para tráfego pesado, facilidade de manutenção, melhor drenagem, menor retenção de calor e custo reduzido a longo prazo, garantindo segurança e conforto para pedestres e veículos.
A combinação de pavimento, fachadas coloridas escolhidas pelos moradores e rede de água regular representa não apenas novas ruas, mas também endereços reconhecidos e participação direta da comunidade na transformação da Estrutural.
Com informações da Agência Brasília