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Brasília

GDF cria Comitê Permanente do Hip Hop para fortalecer políticas culturais da cultura urbana

Novo órgão atuará na formulação de diretrizes, integração de projetos e participação social na construção das políticas públicas do Hip Hop no Distrito Federal

Redação Jornal de Brasília

19/11/2025 20h21

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A estrutura do CPH2 será composta por 11 integrantes titulares, acompanhados de suplentes, sendo 3 representantes do poder público e 8 representantes da sociedade civil, com mandatos de três anos | Foto: Divulgação/Secec-DF

O fortalecimento da cultura urbana ganhou novo fôlego no Distrito Federal com a criação do Comitê Permanente do Hip Hop (CPH2), anunciado nesta quarta-feira (19) por meio da Resolução nº 02, de 18 de novembro de 2025, publicada em Edição Extra do Diário Oficial do DF. Vinculado ao Conselho de Cultura do Distrito Federal (CCDF), o colegiado terá a missão de formular, acompanhar e avaliar políticas públicas voltadas aos diversos elementos do hip-hop, consolidando um espaço de participação e articulação entre governo e representantes do movimento.

O novo comitê surge para atender a uma demanda histórica de artistas, coletivos e agentes culturais que atuam no Rap, DJ, Breaking, Grafitti, batalhas de rima e ações formativas ligadas ao Conhecimento — os cinco elementos clássicos do movimento. O CPH2 terá atuação deliberativa, consultiva e fiscalizadora, reunindo governo e sociedade civil na construção de um plano contínuo para o fortalecimento da cultura hip-hop no DF e na Ride.

Entre suas principais competências, o comitê irá:

– Propor e avaliar diretrizes e ações para os elementos da cultura Hip Hop;

– Contribuir com a formulação e implementação de políticas públicas voltadas ao setor;

– Promover integração entre iniciativas de Hip Hop e outras expressões urbanas;

– Sugerir estudos e pesquisas sobre o movimento no DF e na Ride;

– Atuar em conjunto com os Conselhos Regionais de Cultura, ampliando capilaridade e participação social;

– Manter intercâmbio com órgãos públicos e entidades da sociedade civil.

A estrutura do CPH2 será composta por 11 integrantes titulares, acompanhados de suplentes, sendo 3 representantes do poder público e 8 representantes da sociedade civil, com mandatos de três anos. O processo eleitoral para escolha dos representantes civis será conduzido pela Secec-DF e pelo CCDF, garantindo critérios como paridade de gênero, participação de pessoas com deficiência (PCDs) e comprovação de atuação mínima de dois anos no hip-hop.

Para o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes, a criação do comitê representa “um avanço concreto na valorização da cultura urbana e no reconhecimento do hip-hop como força criativa, educativa e comunitária do DF”. Ele destaca que “o CPH2 nasce para garantir que as decisões sobre políticas públicas do hip-hop sejam construídas com quem vive, cria e transforma a cultura nas quebradas. É mais participação, mais escuta e mais compromisso com a potência dessa cena”.

Na mesma linha, o coordenador de Audiovisual da Secec-DF, Júnior Ribeiro, enfatizou que “o comitê vai desempenhar um papel importante no fortalecimento e na valorização da cultura hip-hop, principalmente porque todos os elementos serão representados em espaço de escuta qualificada. A partir disso, o conselho vai criar, pensar, elaborar políticas públicas, propondo essas políticas públicas para o Estado. Podemos dizer que é, de fato, um espaço no qual o governo está inserido, a sociedade civil está inserida e a gente consegue trazer a política pública de forma mais estruturada”.

Hip-hop

O hip-hop é uma das expressões culturais mais presentes no cotidiano das comunidades do DF, articulando juventude, cultura de rua, arte, tecnologia e identidade. Oficinas, batalhas, saraus, festivais, grafite e ações de formação movimentam todo o território, mas ainda enfrentam desafios como falta de fomento contínuo, reconhecimento formal e espaços adequados.

Após a publicação da resolução, o processo eleitoral será aberto com edital específico. A primeira reunião oficial do comitê deverá ocorrer em até 30 dias úteis após a designação dos membros. Na sequência, o grupo elaborará seu Regimento Interno e iniciará a construção das primeiras propostas de ação.

Com o CPH2, o Distrito Federal consolida um espaço permanente de diálogo e decisão, fortalecendo o hip-hop como política cultural estruturante, conectada às necessidades reais dos territórios e à potência criativa de seus artistas.

Com informações da Agência Brasília

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